quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Convívio

Estou a escrever na madrugada de 17 de Fevereiro, 3 dias após do badalado “Dia dos Namorados”. Nunca foi um dia que me dissesse muito, com ou sem namorada. Tal como, cada vez mais, se passa com o Natal e outras datas, o amor e todo o significado destes dias tornam-se comerciais e perdem a sua verdadeira essência.
Ok, aceito a existência deste dia, do dia do Pai, da Mãe, da Criança, do Enfermeiro, do doente com Cancro…não tenho outro remédio. Porém só fazem sentido se forem um assinalar de algo que tem de ser, de forma obrigatória, contínuo. Eu se namoro, todos os dias são dia dos namorados…para mim todos os dias são dia dos enfermeiros, pois mesmo nos meus dias livres eu não dispo esta identidade, por lei e por limpeza de consciência.
Bem, voltando ao assunto deste texto, uma parte da comunidade portuguesa existente na cidade espanhola onde trabalho resolveu fazer um jantar neste dia…para solteiros (ok, veio uma intrusa)! Qual jantar de encalhados qual carapuça! Jantar de solteiros, coisa que reforça a auto-estima, uma vez que é como se disséssemos “Só não temos porque não queremos!” O que não deixa de ser verdade, uma vez que algumas, ou melhor dizendo, todas as raparigas presentes não têm dificuldade em arranjar namorado!
Foi um excelente convívio, com alguns percalços pelo meio, mas nada que mude a opinião sobre esta noite. Pessoas jovens, alegres, interessantes e acima de tudo, com grandes doses de boa disposição…ok, um copito também ajuda. Para colmatar a noite, nada melhor que um karaoke, num misto de música espanhola e portuguesa, a demonstrar que eles quando querem conseguem ser “nuestros hermanos”!
E esta noite ajudou a reforçar algo que já começava a sentir…estou a gostar de…
Eu pensei que o que iria custar, dado o meu feitio, seria namorar a primeira vez, que depois disso o à-vontade para certas abordagens seria canja, tipo como andar de bicicleta, “nunca se esquece”! Porém, tenho comprovado que não. Gostava de saber se há um momento certo em que as perguntas “Será que gosta de mim?”, “Será que está interessada?”, “Será que devo avançar?”, são esclarecidas e nos incitam a dar um passo em frente, ou se temos que dar esse passo às escuras.
E não se trata de uma questão de auto-estima, pois não sendo nenhum George Clooney sei que tenho boas qualidades…e bons defeitos, como toda a gente.
Como diz a música “Si es amor, abrazame com ganas, si no lo es, talvez será manaña!”

1 comentário:

  1. péum, a intrusa era eu lol

    Noite bem passada mesmo...e eu a trabalhar no dia seguinte, ai jazus, nas que me metes lol

    *

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