sábado, 22 de outubro de 2011

Parabéns "J"

Hoje faz anos a minha outra princesa...ainda ontem estava contigo ao colo e hoje já tens 17 anos e estás uma mulherzinha!

Para a minha afilhada "J", um beijinho do tamanho do mundo e lembra-te...por muito tempo que esteja sem ver-te, nunca te esqueço!Adoro-te!

Os olhos que vêem mais além...

Há cerca de 4 semanas e meia fui operado ao olho esquerdo, o principal responsável por eu usar óculos desde os 9 anos. Operação a laser, rápida e indolor...e resultado final, não preciso de usar óculos nos próximos tempos!

Contudo, o que eu pensei ter sido uma mera operação aos olhos, sei hoje que foi muito mais que isso...não fiquei a ver bem apenas dos olhos...o meu coração voltou a ter a visão que havia perdido há algum tempo! Voltou a ver sem qualquer sombra a felicidade que teimava passar por mim sem eu dar conta.

Hoje em dia vejo bem, contemplo maravilhado, como uma criança, todas as cores da vida, da felicidade, da paixão...do amor!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Doente terminal...

Antes de escrever o que quer que seja, aviso desde já que isto é um mero texto de opinião, em nada fundamentado em bibliografia, apenas na minha experiência adquirida no meu trabalho ao longo destes três anos. Por isso não usem nada do que aqui é dito para teses de mestrado nem trabalhos universitários!
No meu serviço temos muitos doentes na fase final da vida, muitos velhinhos.
Depois de três anos aprendi que cada dia deles pode ser o último, mesmo aparentando estarem bem. Aliás, todos nós somos doentes terminais, podemos é estar mais perto ou não do fim.
Lá no serviço tenho os tais doentes apelidados de “terminais”, que têm doenças incuráveis. Contudo, alguns deles estão lá há muito tempo e conseguem levar uma vida aparentemente normal, resistindo mais que alguns que nenhuma doença terminal tinham.
Contudo, às vezes chegam-nos doentes, e em muitos casos pessoas jovens entre os 50-60 anos (tendo em conta a idade dos doentes que lá temos), que estão em fase terminal e não resistem muito tempo. São estes casos que me proporcionam a visualização da fragilidade humana e o quão devastadoras podem ser algumas doenças.
É estranho ver uma pessoa chegar lá a caminhar pelo próprio pé, a fazer uma vida normal praticamente e num dia sente-se um bocado pior…no dia a seguir está acamado e se as coisas forem bem-feitas, sedado e dormindo à espera que chegue o momento.
As pessoas perguntam-me se não me custa viver isto. A sério, não me custa. Não me custa saber que estou a proporcionar uma morte digna a uma pessoa. Uma passagem tranquila e sem sofrimento para outro lado. Custa-me isso sim, é ver pessoas a sofrer desnecessariamente porque ainda há quem diga que cuidados paliativos são eutanásia. Já tive doentes em agonia (e para mim agonia é dor agitação, intranquilidade, sofrimento) e eu sem nada poder fazer porque ainda há questões legais e hierárquicas a respeitar.
Às vezes parece que as pessoas aprendem e fazem tudo como deve ser…mas no caso seguinte voltam a andar para trás. Não há coerência…e quem paga são os doentes e em menor escala, quem passa os turnos junto a eles de mãos atadas, querendo, mas não podendo fazer nada.

Enfermeiros…activos e passivos

Bem, nos últimos tempos ando numa fase de enamoramento absoluto e até parece que não faço mais nada…quase isso! Perdoem este tonto apaixonado, mas a pessoa responsável por este meu estado merece isto e muito mais…
Bem, apesar de tudo, a verdade é que continuo a trabalhar, continuo a ser o mesmo enfermeiro que sempre fui, dedicado à causa e procurando sempre o melhor para os meus doentes. Posso andar aluado, mas tenho-me como alguém responsável e ciente do seu dever.
O meu serviço, fazendo a analogia com o sistema de saúde português, pode-se dizer que é algo do género de uns cuidados continuados, com algo de medicina ou geriatria, mas com menos recursos…o que às vezes obriga a um pouco mais de imaginação. Sempre me falaram que um enfermeiro devia ser imaginativo, criativo até, e sempre me assustou, pois nunca pensei que o seria. Hoje em dia creio que o sou, tal e qual como algumas colegas que comigo trabalham, e talvez mais do que muitos enfermeiros que me orientaram em estágios, onde o material e as condições “sobravam”.
Acreditem, nenhuma das minhas professoras era capaz de trabalhar onde estou, pois o mais certo era criticarem tudo e mais alguma coisa, aquilo ia dar-lhes um nó na cabeça, e acabavam por não ser aquilo que dizem ser…enfermeiras.
Um enfermeiro tem que ser isso mesmo…um enfermeiro. O meu serviço não é perfeito, não é um local “esterilizado” ou “imaculado” sobre o ponto de vista do que aprendi na escola e de todos os locais por onde fui passando em estágio (ou quase todos). Mas isso não interessa para prestar os cuidados de enfermagem. Onde estou, nunca ouvi dizer nem disse “Não se pode fazer isto porque não temos material para isso” Isso sim, já ouvi dizer e disse “Não temos material indicado para isso, mas vamos ver o que se arranja!” Eu não me formei para criticar…mas sim para ter sentido crítico. E ter sentido crítico é saber às vezes ter a noção que “não é possível ter mais do que o que tenho, vou ter que me desenrascar com isto”, ao contrário da crítica fácil e nada construtiva “não faço isto porque não tenho coisas para fazer mais”
Atenção, sou uma pessoa que reivindica sempre mais e melhor para o serviço onde estou, pois sei que pedir não custa e às vezes lá se vai conseguindo melhorar um pouco o que se tem…mas não deixo de fazer o meu trabalho.
O importante é termos os princípios todos metidos na nossa cabecinha…e a partir daí tentar aplicá-los na medida do possível…e esta é a questão…quando não consigo manter os princípios nada faço ou, sabendo que não os consigo cumprir, faço o que creio ser necessário para o doente? A minha prioridade é e será sempre a necessidade imediata do doente. Daí eu ser enfermeiro, daí eu praticar enfermagem…ao contrário de muitas pessoas que andam a “pregar Enfermagem”.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sem palavras...

Acabo de ouvir esta música recomendada por alguém e a única coisa que posso dizer é que fiquei sem palavras.
Obrigado por teres mudado os meus planos...por também fazeres parte de todos os capítulos do meu livro.


sábado, 15 de outubro de 2011

Sinto-me bem...

A vida é feita de um equilíbrio de momentos de felicidade com momentos de tristeza ou maior dificuldade. Não vale a pena negar a existência destes últimos. O que a meu ver é importante é estarmos bem quando eles chegam. Importa a reacção que temos.

Neste momento sou feliz, como há muito não era. Sinto-me muito bem. Para isso tem servido tudo um pouco, algumas coisas mais que outras.

A minha amiga que há uns tempos estava entre a vida e a morte recupera a olhos vistos...estou super feliz!

Ter estado na passada quinta-feira, com a "J" e o "E", com a "L" e com a sua filha faz-me bem...e faz falta. Ter visto a pequena "C" que já não via há uns meses pôs-me um brilhozinho nos olhos. Adoro crianças, e ela sendo filha de uma pessoa que é uma irmã para mim ainda mais. Está encantadora, uma pequena princesa. O seu sorriso deixa-me feliz!

E como não podia deixar de ser, a pessoa que arrebatou o meu coração e me faz andar com um sorriso 24h por dia. A "AS" tem sido sem dúvida uma fonte inesgotável de felicidade e alegria diárias. Não sou nenhum Camões para expressar tudo o que sinto, mas duvido que até ele conseguisse descreve-lo! O melhor momento do dia é sempre aquele em que ouço a tua voz...em que te posso dizer que te adoro!

São todas estas circunstncias que me fazem viver um momento de pura felicidade. Claro que a qualquer momento este estado de espírito pode ser abalado por algum motivo. Porém, creio que por tudo que descrevi atrás, com maior ou menor dificuldade será ultrapassado.


sábado, 8 de outubro de 2011

Fim do Verão...

É agora que eu vejo que o verão acabou mesmo...entro ao trabalho de noite e saio ainda de noite...
Esperando ansiosamente pelo próximo verão e por algo que me vá aquecendo, a alma e o coração!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lisboa

Na minha última semana de férias decidi ir um fim-de-semana a Lisboa. Combinei com um amigo e lá fui.
Admito que de Lisboa só conhecia a Catedral da Luz e tive umas breves passagens pelo Colombo e pelo aeroporto. De resto, tinha uma má ideia da nossa capital. Demasiado grande e confusa.
Ainda bem que em decidi a ir visitá-la, pois sem dúvida alguma mudei o que tinha pré-concebido!
Lisboa é uma linda cidade para se visitar. Cheia de monumentos e zonas encantadoras para os turistas passearem e se deliciarem. Como só estive lá 2 dias inteiros, não deu para ver muito mais, daí estarem prometidas novas visitas.
Para ter uma noção geral da cidade, fui num daqueles autocarros panorâmicos. Tantos sítios a merecer uma visita mais pausada.
Das zonas mais emblemáticas só vi a zona de Belém, sendo toda a zona um Monumento e uma Homenagem aos Descobrimentos e aos nossos antepassados.
Visitei ainda o Mosteiro dos Jerónimos e o Castelo de S. Jorge! Para alguém que gosta de história como eu gosto, eram pontos essenciais numa visita destas.
No Sábado à noite eu e o meu amigo, Benfiquista e Portista, aceitamos um convite nada normal…ir ver o Sporting a Alvalade, ainda para mais para o meio da Juventude Leonina. A um péssimo jogo do adversário o Sporting respondeu com a melhor exibição da época até agora!
Ao jantar, um convívio entre amigos, os quais é sempre um prazer rever.
Como se pode ver foi uma mini-visita. Deu para ver alguma coisa, mas não tudo. E houve algo, não uma coisa, do que Lisboa de mais interessante tem, que ficou por conhecer. Com pena minha, mas às vezes as circunstâncias não o permitem. Contudo, espero ter essa possibilidade nos próximos tempos.
Agora já comecei o trabalho, novas férias só para o ano. Mas estas ao menos serviram para uma coisa…retemperar energias, paciência e vontade de continuar a ser um enfermeiro dedicado a uma causa, a causa mais nobre de todas…o cuidado ao próximo