domingo, 8 de julho de 2012

Sou de Fafe…e isso me envaidece!

Para quem não sabe (haverá alguém que não o saiba?) sou de Fafe, uma pequena e jovem (o que são 26 anos?) cidade, do norte do País.

Aos olhos dos forasteiros, Fafe pode não ter muito que ver…ou às tantas aos olhos dos forasteiros, Fafe tem mais que ver do que eu penso. Às vezes por pertencermos a um sítio, de estarmos habituados a ele, pensamos que não tem muito a oferecer à gente de fora. Espero que seja esse o caso.

Eu saí de Fafe aos 18 anos, devido à Universidade, no fim voltei um ano, para sair outra vez. Levo 9 anos fora de Fafe, apesar de cá voltar assiduamente. Descobri e aprendi que Fafe não é o único local onde eu me consigo imaginar a viver. A nossa terra será aquela onde possamos conjugar a vida profissional com a pessoal, mas acima de tudo, onde tenhamos vida profissional.

Por sorte sempre estive em cidades de que gostei de viver, ou aprendi a gostar. Uma delas, sem dúvida alguma, Viana do Castelo. Mas Fafe é e será sempre a minha terra natal. O sítio que, onde quer que eu esteja, irei sempre querer voltar, nem que seja por um dia. Nasci e cresci aqui. Metade da minha família está aqui. Representei e ainda represento o nome de Fafe através da Academia de Karate de Fafe. Foi nesta segunda família que aprendi o sentimento de querer representar sempre bem o local onde pertenço, a dizer com satisfação…”Sou de Fafe!” Não é orgulho, pois nada fiz para nascer aqui. Aconteceu e pronto. Contudo, mais que ter nascido aqui, tornei-me num filho da terra.

Fafe como cidade pequena que é, tens os seus defeitos. Tudo se sabe, tudo se comenta. Poderes institucionalizados, um partido que ganha desde que eu me lembro, cunhas e compadrios. Pessoas que ganham notoriedade sem nada fazerem, mas por terem sido colocados no sítio certo, pela pessoa certa, depressa ganham honras como se tivessem feito algo de extraordinário. Cidade de Doutores e Engenheiros, mas que devem ter tirado o curso juntamente com o Sr. Sócrates e o Sr. Relvas, dada a sua incompetência, orgulho labrego e, pior de tudo, falta de inteligência. Mas isto, quero eu acreditar, deve acontecer por esse país fora, não sendo apenas um traço de Fafe, mas do país.

Acabo de chegar há pouco de ver as Marchas da cidade relativas às Festas do Concelho. É algo que já vi imensas vezes, algo que já deixei de ver apenas porque não me apetecia sair de casa…mas neste momento era algo que já não via há 4 anos. Não por minha vontade, mas por impossibilidades devido à vida profissional. Hoje voltei a ver o desfile de carros alegóricos a passar e a dar luz ao lindo centro da cidade, a festa das crianças e dos adultos, o fogo-de-artifício a iluminar o céu escuro. Voltei a sentir o calor humano das gentes de todo o concelho, que ajudou a subir um pouco as frias temperaturas deste verão incaracterístico.

Sou de Fafe…e isso me envaidece!

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