domingo, 4 de dezembro de 2016

Medo

O medo é algo presente na vida de toda a gente, mesmo daqueles corajosos que dizem desconhecê-lo. Eu não tenho problemas em admiti-lo, ter medo não é mau, mantem-nos alerta…mas nunca pode chegar ao ponto de nos tolher os movimentos e os sentimentos.
Por exemplo, tenho medo de morrer, assumo sem nenhum problema. Sei que a vida é demasiado incerta e cruel para seguir um rumo normal e que as coisas não acontecem só aos outros. Diz-me a minha experiência de vida e profissional. Sei que de cada vez que me deito, o acordar não é garantido, tal como acordar não é garantia que me vou deitar à noite. Simplesmente não vivo, nem posso viver obcecado por isso, senão deixaria de o fazer. Mas sei que posso ser privado de viver os sonhos ainda por cumprir.
Logo, é esse meu medo que me leva ao maior deles todos. Ver o pano da minha vida descer sem tu saberes o quanto te quero, o quanto te desejo, o quanto te amo. Sem saber se leste tudo o que escrevi para (de) ti. Sem ter a oportunidade de te dizer pessoalmente tudo isso, cara a cara, olhos nos olhos, lábios nos lábios. Sem ter a possibilidade de te acariciar, corpo e alma; sem ter a possibilidade de sonhar junto a ti; sem ter a possibilidade de te ter no meu ombro, no meu peito ou nos meus braços; sem ter a possibilidade de olhar para ti, com os olhos a brilhar, e dizer-te o quanto viraste a minha vida de pernas para o ar e o maravilhoso que isso foi.
De resto nada mais me mete medo. Não tive medo de arriscar e assumir o que sinto por ti. Porquê ter medo de algo tão bonito? Não tive medo que pudesses não gostar de mim, porque, queres que te diga, acho que gostas (mesmo que ainda não o saibas ou admitas). Não terei medo de dar um passo em frente, porque simplesmente acredito que vai dar certo (já diz a minha amiga Mariza “acreditar sem ver”). Sem pensar em “ses”, em possibilidades imaginárias, em temores infundados, em mágoas que não existem. Darei esse passo com todas as “ganas” de agarrar a oportunidade, com a única intenção de, dia após dia, todos os dias da tua vida, te fazer a mulher mais feliz. Sabes que é o mínimo que mereces, não sabes? E não te preocupes, serei o homem mais feliz ao fazê-lo!
Eu para ter a certeza de tudo o que te digo fiz um exercício mental. Imaginei o meu mundo sem ti…durou uns segundos e foi mau demais para conseguir descrever.
Faz o mesmo, imagina um mundo em que eu desapareci…sei que às vezes é difícil fazê-lo quando temos a pessoa por perto e pensamos que sempre será assim. Mas tenta, sem medo…não precisas de me dizer a reposta.


P.S. – Antes que seja tarde, deixo-te aqui escrito, para que o saibas de cada vez que te deitas ou de cada vez que acordas…amo-te.





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