domingo, 27 de novembro de 2016

Não é exagero…é sentimento!


Dizes que exagero sempre que te elogio…mas que exagero existe quando se fala a verdade? Quando seria preciso inventar um novo dicionário para aproximar o que digo com o que realmente penso?
Pode não ser a verdade do resto do mundo, mas é a maravilhosa verdade absorvida pelos meus olhos. E que mais interessa além do que os meus olhos captam e o meu coração sente?
Eles penetram no teu olhar e percorrem o teu interior em busca do desconhecido, em busca da compreensão que possa ajudar a conquistar-te. E nessa viagem, nessa perigosa fantástica viagem, eles observam para lá do que se vê por fora. Vão muito além do sorriso mais cativante que conheço. Vão muito além do mexer no cabelo que me delicia. Vão muito além do corpo exterior, sem dúvida belo, mas que seria insuficiente para me enfeitiçar.
E que vêem eles? Um ser mágico, cheio daquela magia que rareia pelo mundo. Poucas pessoas têm a capacidade de chegar a um lugar e, só pela sua presença, oferecerem uma aura positiva. És um ser pleno de bondade, daquela verdadeiramente sincera, daquela que vem do fundo do coração, daquela que não espera nada em troca. És a doce candura encarnada num corpo de mulher. És “mãe” dos filhos de outras, disfarçada no papel em que tanto te empenhas, que tanto adoras, que tanto amas…e que eu, de verdade, admiro imenso. Não apenas o papel, mas a dedicação que pões nele.
O palpitar do meu coração ou aquele friozinho na barriga, que alguns teimam em dizer que são borboletas, quando te aproximas; aquela ansiedade boa que se vê no dedilhar frenético ou no síndrome das pernas inquietas quando te sinto perto; aquele arrepio agradável que sinto quando me tocas…tudo isto é provocado pelo teu eu, pela energia que emanas de ti e é absorvida por mim e não pelo que os meus olhos alcançam.
És bela por fora, sem dúvida, mas é quem tu és que me fez apaixonar por ti. Podes ter dúvidas, podes não acreditar nas minhas palavras, mas eu não sou igual aos outros. Seria, para mim, impossível dizer o que digo se não fosse o que sinto. Gosto demasiado de ti para iludir-te com promessas vãs, magoar-te seria como se me magoasse a mim mesmo. Aliás, eu não prometo, não posso nem acho que tenho de prometer nada. Sei que no momento em que consigas provar a sinceridade das minhas palavras, será o momento em que as tuas incertezas, os teus medos se dissiparão. Como a neblina que desaparece com o sol!
Não te deixes enganar…por muito que te diga que és bela, linda ou bonita, és tu e só tu que tens a capacidade para me encantar, mas, quando o disser, que saibas que não há exagero algum quando se ama.




sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Simplesmente…Mariza!

Acabo de chegar a casa após assistir ao concerto da Mariza. Ia com elevadas expectativas, para ouvir pela primeira vez uma das maiores bandeiras do nosso Portugal, que granjeia aplausos até do outro lado do mundo.
Gosto de escrever ainda com os sentimentos à flor da pele, pois é da maneira que os consigo descrever melhor. E como foi o concerto? Pavilhão cheio, tudo sentado, som e luzes numa sintonia perfeita, assistência ansiosa e, no meio disso tudo, a artista, a enorme artista Mariza! Dona de uma voz ímpar, surpreendeu (pelo menos a mim que não a conhecia) com a intimidade e a emoção com que interagiu com o público. Um sentido de humor apuradíssimo e uma simplicidade pura em palco conquistaram-me. Pode-se dizer que a Diva desceu à terra e andou no meio dos que a admiram, com duas horas de fado, alegria e festa a parecerem dois minutos.
Não sou propriamente um amante de fados, mas aprendi a ouvir e a gostar do fado cantado pela Mariza. Tem fados que me tocam, fados que mexem comigo, com o meu estado de ânimo. E ouvidos ao vivo? Arrepiam, arrepiam o corpo e a alma.
A mostrar que é grande, deu prova disso ao largar o microfone e cantar como se faz nas casas de fado de Lisboa…só que desta vez numa casa com milhares de pessoas, em puro silêncio, em puro deleite, a ouvir a fadista que é de todos nós.
Merecida ovação final em pé, com uma multidão rendida e encantada. Há espetáculos que valem cada euro do preço do bilhete, este valeu ainda mais. 
Para aumentar ainda mais a minha admiração, após o concerto aguentou estoicamente uma improvisada sessão de autógrafos e fotografias, de pé, sempre com um sorriso amável e sincero, com palavras de apreço, apesar do evidente cansaço.
Posso dizer, sem medo nenhum, que Mariza e Cristiano Ronaldo são legítimos sucessores de Amália e Eusébio como figuras maiores do nosso país. Deixemo-nos de pudores, os dois últimos foram Reis no seu tempo, com pequena ajuda dum regime que os usou como bandeira. Os dois primeiros, são donos e senhores deste tempo, do meu tempo, sem regimes, são o alento de um povo muitas vezes à deriva. Mariza, para mim, é maior que Amália…fez-me apaixonar pelo fado. Cristiano, na minha opinião, é maior que o meu Eusébio…fez-me festejar a glória máxima no futebol. Por todos tenho enorme respeito.
Sinto-me privilegiado por ter assistido ao vivo aos espetáculos dos dois. Hoje, o melhor deles, de todos os que assisti até hoje. Sabes Mariza, desculpa tratar-te por tu, para mais depois de me perguntares se o autógrafo era “para você?”, mas devo confessar-te uma coisa. Saí feliz, muito feliz do teu concerto. O meu mais sincero obrigado!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Dez minutos...

Estava à espera de te ver, ansiava estar contigo, percorriam-me aqueles suores frios que não suam. O meu coração batia como se tivesse acabado de fazer uma maratona. Os meus dedos inquietos num tique nervoso, como se fosse um pianista. Os segundos pareciam minutos, os minutos horas.
O vento rugia de forma assustadora, fazia as árvores tremerem de medo, as folhas voavam num voo sem sentido, a água caía incessantemente.
Até que, por fim, chegaste tu, no início e no meio da chuva, no meio da escuridão, apenas uma sombra. Normalmente temos receio das sombras, eu não, apenas desejava ser envolto pela tua.
Mal entraste senti o teu doce aroma, como se estivesse no meio do mais belo e florido jardim em pleno Outono. Quando te sentaste e olhei para ti fez-se dia no meio da noite, foste o Sol que apagou a escuridão. Os teus cabelos ondulantes a espalhar um charme só ao alcance das divas, apesar de nenhuma delas ter o teu encanto. E o teu sorriso…já te falei sobre ele? Começam a faltar-me palavras para dizer o que provoca em mim.
A viagem foi curta, demasiado curta, os dez minutos mais rápidos de sempre. Eu em piloto automático, como se fosse o condutor da mais bela das princesas, tu sendo a mais bela Princesa. O resto da noite…valeu a pena por estar contigo, por te ver rir, sorrir, dançar, foi quase perfeita. Apenas será perfeita quando acabares nos meus braços, quando provares este sentimento que foi nascendo em mim.
Não adianta disfarçar, não adianta negar a mais pura das evidências…mexes comigo, da forma mais linda que se pode mexer com alguém. Desnudas-me de todas as armas que tenho, de todas as seguranças, de todas as certezas, mas ao mesmo tempo deixas-me sem nenhuma dúvida…és aquela por quem vale a pena esperar!


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Bullying...a solução do problema

Cada vez mais são os casos de bullying que ocorrem nas escolas e fora delas, quer seja perpetrado a solo ou em grupo. Vê-se jovens que são privados de ter uma adolescência normal devido a acossos dos seus pares.
Será que no meu tempo já existia? Sim, claro que sim, embora não se desse um nome tão chic e não houvesse tão grande número de casos. Também é verdade que estávamos mais preparados a nível psicológico para as maldades provocadas pelos nossos colegas. Eramos afetados, mas conseguíamos arranjar estratégias para ultrapassar essas situações. Mas então, o porquê do boom deste estrangeirismo?
A meu ver, tudo começa em casa, no seio familiar, do indivíduo que vai praticar bullying sobre outros (desculpem os paizinhos que se possam ofender, mas os pequenos seres que têm em casa são indivíduos com atividade social). As crianças (sim crianças) ou adolescentes que praticam esta religião denotam, em todos os casos, uma gritante falta de disciplina, de valores e princípios, sendo o maior deles a falta de respeito pelos demais. E isto, meus caros, aprende-se desde pequeninos em casa, não é a escola que o tem que fazer (quanto muito, reforça). Além disso, são indivíduos com visível baixa autoestima que, para se sentirem superiores, atacam outros que a terão ainda mais baixa que eles. A própria competição criada pelos pais, em como têm que ser os melhores, ou próprias quezílias entre pais, a meu ver, podem originar estes comportamentos. O que os pais são e fazem é absorvido pelos filhos. Por isso defendo sempre que o exemplo é a melhor maneira de educar e ensinar.
Claro que não existem pais cujos filhos praticam bullying…“O meu filho era incapaz de fazer isso!” ou “Se fez isso é porque o outro também lhe fez alguma coisa!”. Na hora de se apurar responsáveis, os miúdos de repente ficam órfãos. Muitas vezes são-no, não literalmente claro, pois ter pais nem sempre significa ter pais.
Este distúrbio comportamental vil e de baixo nível origina problemas psicológicos e físicos nas vítimas, podendo levar ainda a casos de fracasso ou abandono escolar e, em último e pior caso, a suicídio. Quem ofende alimenta-se dos insultos e agressões que o fazem sentir-se superior, perante uma vítima indefesa, logo estas situações tendem a piorar.
Depois há escolas metidas ao barulho, processos, inquéritos, psicólogos ou psiquiatras, pais etc. Encontram-se soluções que não são soluções, são “tapar o sol com a peneira”, um adiar do problema. E quando se adia um problema as coisas apenas pioram.
E este problema começa logo nos infantários, passa pelas primárias e continua nos seguintes ciclos. Por isso o bullying só tem um meio de terminar…a reação assertiva, firme e revoltada da vítima. Sim, isso mesmo, um murro bem dado, no momento e hora certos, acaba duma vez só com o papel de vítima e o papel de agressor. A única maneira de acabar com esta praga é não a deixar começar. Tenho a certeza que se um miúdo de seis anos, ao ser importunado por outro, reagir da maneira que defendo, nunca mais vai ser vítima de bullying e o outro nunca mais o vai praticar.
Treino meninos a partir dos cinco anos, todos eles potenciais ou atuais vítimas de bullying. Digo-lhes, intransigentemente, que não podem bater em ninguém, que não podem usar o que aprendem no Karate fora do Dojo. E ai deles que eu tenha conhecimento disso. Agora, também lhes digo que, se alguém lhes tentar bater, estão autorizados a defenderem-se. Acredito que se o fizerem estão a dar um contributo enorme para a sociedade.
Sim, podem-me me vir com teorias sobre pedagogia, sobre direitos das crianças, sobre o que seja…um murro é mais simples, mais barato, mais rápido e mais, muito mais eficaz que qualquer teoria.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A leveza da pena que te escreve

Têm-me dito que os textos que te escrevo são bonitos. Sinceramente não o sei, mas acho lindo tudo o que vai no meu interior.
Escrever-te ou escrever sobre ti tem sido uma necessidade, a forma de extravasar o que sinto. É sufocante querer gritar ao mundo o que vai cá dentro e não o poder fazer…bem, ao mundo talvez não, mas a ti, só a ti, sem dúvida alguma. É a forma de me declarar da maneira como nunca me permitiste fazê-lo. Seja de manhã, tarde ou madrugada dentro, é libertador dirigir-me a ti, mesmo que te fale sem me ouvires ou componha sem que me leias.
Gosto de escrever, mas há alturas que os dedos, escravizados pela mente (ou será pelo coração?), são impelidos a fazê-lo num desenfrear de letras, palavras e frases. E o que me sai da alma é a sinceridade no seu estado mais natural, desprovida de palavras vazias e de adjetivos ilusórios.
Não querendo qualificar o que escrevo, tenho noção que escrevo melhor sobre (para) ti do que sobre o resto. Não imaginas o fácil que é, diria que a escrita flui como se fosse pincelada com uma pena, como se escrevesse uma dessas cartas lindas do antigamente dirigidas a uma bela donzela.
O porquê disso? Creio que para qualquer obra de arte tem que haver uma fonte de inspiração…e tu és a minha, embora os meus escritos de arte tenham pouco e não façam jus ao que sinto. Não na intenção, pois dela estão cheios, mas por ficarem aquém, muito aquém de todas as sensações que me percorrem o corpo.
És a minha musa, mas não apenas para o escritor. És a minha musa diária, a que me inspira para ser melhor enfermeiro, para ser melhor formador de crianças, para tentar ser melhor pessoa.
Sabes qual a minha dúvida? Aquela que me tira o sono da noite e que me inquieta de dia? Será que se as outras pessoas conseguem “ver” o que eu sinto, tu também o vês?
Contudo, textos são apenas palavras, anseio, isso sim, o dia que te possa sussurrar isto tudo ao ouvido ou que te possa demonstrar com atitudes que as minhas palavras não são ocas…apesar de crer que todas as minhas atitudes em relação a ti o demonstram, que venha o dia em que o consigas perceber.





quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Cicatrizes do passado…sonhos do futuro

O passado, uma palavra que em si nos leva a viver um remoinho de sentimentos…alegria, amor, saudade, tristeza, rancor, culpa, perdão. Ninguém é órfão de passado, do que nos faz sorrir, do que nos faz chorar.
Há cicatrizes que os tempos idos nos deixam, tão profundas como se tivessem sido marcadas com um ferro em brasa. Cicatrizes que doem ao passarmos a “mão” por cima delas, tão profundas que vão interferir no nosso presente e futuro.
Em vez de deixar que as minhas cicatrizes (oh sim, também as tenho e profundas) fossem mais fortes do que o que sinto, em vez de as deixar impedir-me de tentar, apaixonei-me por ti de peito feito, desnudado de medos imaginários e armado de sentimentos sinceros. O que recebi em troca? Ao apareceres na minha vida foste (sempre sem o saberes) curando as feridas que eu tinha, o medo que amores passados deixaram começou a desvanecer, a desconfiança que tinha em confiar perdeu força. O meu coração passou de um lento batimento para uma ardente pulsação, os meus olhos viraram estrelas cintilantes que brilham mais intensamente na presença da tua luz. Ressuscitei de uma morte viva e tu foste o choque que me fez despertar.
Todos nós temos um passado, tu tens o teu, eu tenho o meu, mas ao invés de te julgar pelo meu, permiti que me fizesses acreditar que o presente poderia ser diferente.
E foi e é. Porque tu nunca fizeste parte do meu passado nem dos erros nele cometidos, fazes, isso sim, parte do meu presente. E como é belo o meu presente quando estou contigo. Mesmo quando estás ausente no teu mundo, explicar o que sinto ao poder contemplar-te, ao poder sentir-te, é algo que não está ao alcance das palavras.
Eu sou um sonhador e sei que tu és uma sonhadora. E é apaixonante ver a maneira como sonhas acordada. Basta ver como seguras, olhas e sentes um pequeno ser no teu colo. E eu também sonho acordado ao ver-te sonhar. E se antes o rosto com que eu sonhava era um rosto desfocado e anónimo, hoje ele tem nome e as feições bem nítidas…tem os teus olhos, o teu nariz, os teus lábios, o teu tom, o teu resplandecente sorriso.

Vem, vamos sonhar juntos?







terça-feira, 1 de novembro de 2016

Os dias que jamais esquecerei

Hoje parece que é dia de vos recordar, como que, por ironia, fosse preciso um dia para o fazer.
São muitas as vezes que vos recordo e não podia ser de outra maneira. Perdi pouca gente nesta vida, mas as poucas pessoas que vi desaparecer foram pilares da minha existência. Viram-me nascer ainda bebé e, felizmente, viram-me a crescer e tornar-me um homem (jovem). Não o que sou hoje, mas o que sou hoje é, em parte, graças a vocês e a tudo o que me deram, mas acima de tudo…por vocês.
Lamento que não possam, um dia, conhecer a mulher que será tudo para mim; que não possam, um dia, estar presentes no meu casamento e ser parte dele; que não possam, um dia, conhecer um(a) filho(a) que será o centro do meu universo. Lamento, o lamento mais profundo da minha alma…mas a vida segue uma linha que não permite voltar atrás.
Deixaram-me marcas bem profundas no meu ser e cada um plantou em mim raízes do melhor que tinham. Por isso a saudade, a imensa saudade todos os dias que vos recordo.
Sabem, há lembranças, há imagens que já não estão tão nítidas na minha memória, memória que me vai traindo com o passar dos anos. Porém há uma lembrança bem viva…as datas, os locais e o que fazia no dia em que vos perdi.
Hoje ia no carro, ia ao vosso encontro, e estava a ouvir a “Chuva” da Mariza…acho que música mais adequada não poderia haver…

“Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer!”