domingo, 4 de setembro de 2011

Opção ou Prioridade?

O Facebook, como qualquer rede social, tem os seus prós e contras. Muito lixo é escrito, mas também há coisas que são escritas e que merecem um pouco de reflexão. Algumas delas são frases feitas, sem dúvida alguma, mas isso não as faz perder o valor que têm. Aliás, hoje em dia é difícil ser original, já tudo foi dito ou escrito. O que interessa é o modo, ou se quiserem, o sentimento com que usamos o que já está feito.
Uma das frases que mais tenho visto por lá nestes últimos tempos é algo do género “não trates como prioridade quem te trata como uma mera opção!” É algo simples, banal para ser mais sincero, mas que tem implícito um grande princípio que deve reger a vida de qualquer pessoa.
Quantos de nós, eu inclusive, não sentiram já que perderam tempo atrás de alguém, alguém esse que mais tarde se veio a revelar não merecedor de tal devoção?
Não falo propriamente e especificamente de casos de amor que não tiveram sucesso. Com essas aprendemos sempre algo e se foram de amor sincero nunca poderá ter sido tempo perdido. Falo de situações do dia-a-dia, de relações que temos diariamente, com qualquer pessoa que faça parte da nossa vida.
Eu admito, já fui de adaptar pequenos aspectos da minha vida, como por exemplo horários, disponibilidade e até gostos pessoais, a algumas pessoas, porque realmente pensei que podiam ser um valor acrescentado ao meu grupo de amigos. Aos poucos apercebi-me de algo. Quem nos conhece, quem se preocupa connosco, a nossa família e os nossos amigos, esses não precisam que mudemos a nossa maneira de ser para gostarem de nós. Não se aproveitam da nossa disponibilidade, nem nos exigem presenças impossíveis.
E a vida é curta para perdermos tempo com quem não vale a pena. É certo que para sabermos isso, é preciso perder sempre algum para chegarmos a essa conclusão. Mas o que eu posso dizer, é que cada vez preciso de menos tempo para determinar se alguém vale ou não a minha dedicação. Há sempre excepções, pois quando sentimentos são envolvidos a razão perde um pouco da sua racionalidade, mas a seu tempo tudo se revela.
A minha entrega neste momento vai para aqueles que me tratam de igual maneira, que são as minhas prioridades. E é uma escolha fácil…a minha família, que me ensinou a ser o que sou hoje, que me transmitiu bons valores e sólidos. Que me proporcionou tudo para conseguir o que tenho hoje, que pode parecer pouco, mas é muito. Que me ajudou a ser o que sou hoje.
À minha segunda família, que quem me conhece sabe ao que me refiro, família na qual cresci com o suor do meu trabalho, do meu respeito pelos outros, pela disciplina, pela lealdade para quem sempre foi o meu mentor.
E finalmente aos meus amigos. Eles ouvem-me, eles preocupam-se comigo, mimam-me e chamam-me a atenção quando tem que ser. Eles divertem-se comigo com a mesma dedicação de quando choram comigo. E para ser meu amigo é muito fácil…eles que o digam. Eu dou valor aos pequenos gestos, a palavras sentidas e não ocas de sentimento. Não falo de outro tipo de pessoas, pois qualquer outro tipo de pessoas que possam existir, para serem minhas prioridades, teriam que se enquadrar nos que acabei de dizer.

“Tenemos la mala costumbre de perder el tiempo, buscando tantas metas falsas, tantos falsos sueños”





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