terça-feira, 21 de julho de 2015

E agora, meus caros?

http://www.rtp.pt/noticias/pais/tribunal-central-administrativo-confirma-anulacao-de-eleicoes-da-ordem-dos-enfermeiros_n845369

Antes de mais, quero dizer que algumas coisas que se apontam a esta direcção, são problemas que já vinham detrás. Uma delas, o pagamento de cotas, alvo de um recente regulamento, que mais não é do que atirar areia para os olhos das pessoas. (http://www.ordemenfermeiros.pt/legislacao/Documents/LegislacaoOE/Regulamento_isencao_de_pagamento_de_quotas.pdf )
Não indo ao pormenor de analisar pontos ridículos, aos quais tão bem estamos habituados devido à sua proliferação noutras áreas políticas, ressalvo um em que ficam isentos “Enfermeiros recém inscritos, recém licenciados e desempregados que se encontrem à procura de primeiro emprego e com inscrição no Instituto de Emprego e Formação Profissional”.
Em primeiro lugar, para mim, desempregado é desempregado. Por isso a isenção devia de ser para todos os enfermeiros desempregados…na área. Porque posso ter trabalho sem ser em Enfermagem e estou obrigado a pagar cotas que não devia de pagar. Em segundo lugar, sabem os senhores da OE, que se um enfermeiro é chamado pelo Instituto de Emprego por uma oferta de trabalho, imaginemos dessas de 3,96 euros/hora, e que a rejeita, esse colega é excluído do Instituto de Emprego? Ou seja, estão a favorecer algo que deviam de combater.
De resto, creio que isto é um dos males menores da situação actual da OE. Uma Instituição que tem uma direcção ilegal durante mais de 3 anos. Claro, isto num país que permite que uma coisa destas se arraste 3 anos, com as consequências que daí advêm. Que acontece agora com todas as decisões tomadas? Com todas as representações televisivas (mal) feitas? Já ouvi dizer que as mesmas pessoas estão a preparar-se para as próximas eleicções. Como se costuma dizer “À mulher de César não basta ser séria, tem que o parecer!” E da seriedade de certas pessoas já duvido há muito! Vou esperar atentamente os próximos capítulos desta novela.

A meu ver, quem tome conta da direcção da OE não pode, de modo algum, perder o sentido de “Ser Enfermeiro”. Para políticos já basta os que estão na assembleia.