segunda-feira, 24 de março de 2014

Gente pequena, em altos cargos...

Acho incríveis as atitudes dos últimos tempos que transparecem da nossa querida Ordem.
Então, por uma assembleia não correr de feição aos que mandam, emitem um comunicado cheio de prepotência e intolerância por ideias contrárias às suas, mesmo que vindas daqueles que devem representar.
Este bastonário esquece-se que só lá está devido “ao alheamento significativo da esmagadora maioria dos enfermeiros, traduzida na sua desmobilização” de que se queixa.


Esta pequenez de pensamento faz-me sentir vergonha pelas pessoas que me devem representar, que eu pago para que me representem.

Comunicado da vergonha:


terça-feira, 18 de março de 2014

Ser Benfica…uma carta aberta a todos os benfiquistas!

Escrevo este texto a dezoito de março, dia a seguir à vitória sobre o Nacional da Madeira, mas nada tem a ver com o crer que vamos ser campeões. Para isso tinha-o escrito logo a seguir ao Benfica-Porto…ou melhor, logo no início da época. Podia tê-lo escrito logo a seguir às copiosas derrotas com Celta de Vigo (7 a 0) ou com o Porto (0 a 5), como podia ser depois do épico 6 a 3 com o Sporting ou dos 2 a 0 em casa do campeão europeu Liverpool.
O que é para mim ser Benfica? Admito que algo tão grande é difícil explicar por simples palavras. Ficará sempre aquém do verdadeiro sentimento. Como ficam sempre as palavras em relação aos sentimentos de verdade.
Não sei bem como tudo começou, dizem, incluso, que eu comecei por ser dos azuis. Não me lembro, sinceramente e com todo o respeito. Como um menino do norte, vira Benfica?
Lembro-me de começar a ligar ao futebol, mas sem grande interesse, por volta do ano de 1990, já benfiquista. Lembro de uma das melhores prendas que tive, foi do meu padrinho, um portista convicto. Uma bola de futebol do Benfica, das de “capão”, comprada nos quiosques, numa altura em que uma bola de futebol era algo precioso e não havia por aí ao desbarato. Com essa bola joguei uns seis anos, tentando, inutilmente, recriar na rua os lances de João Pinto, Rui Costa, Rui Águas, Vítor Paneira, Isaías, Veloso, Neno, Mozer entre tantos outros.
Lembro-me que a paixão definitiva, o casamento inseparável, deu-se após o primeiro jogo que vi ao vivo. Um Vitória de Guimarães-Benfica. Daqueles jogos que se viam de pé, de tão cheio que o estádio estava. Foi na época de 1993/94, em que nos sagramos campeões. Vi pela primeira vez o Benfica ao vivo. Quando o Benfica marcou o primeiro golo, soube desde logo porque o Benfica não é de Lisboa, é de Portugal! Em Guimarães, o estádio todo a vibrar e a gritar golo! Sim, em Guimarães! Desse jogo tenho vagas imagens, uma bem clara, do golo do Ailton de cabeça, de fora-da-área. E desse jogo fica também a bandeira que o meu pai me comprou no fim, a bandeira mais linda que vi até hoje! É curioso, antes dessa época poucas imagens tenho de seguir o futebol, mas essa época foi como que um nascer impetuoso de algo que ainda hoje vive e mim.
Desde essa altura sempre que posso vou aos estádios, de há uns anos para cá, apenas ao estádio da Luz. Outra sensação inexplicável, ver o Benfica no seu estádio! Não em casa, porque a casa do Benfica é Portugal. Ali somos todos família.
Em termos de futebol, cresci a gostar do Benfica, a interessar-me pelo Benfica, sem destilar ódio a ninguém. Por isso tenho dificuldade em entender, não em aceitar, o ser anti qualquer coisa. Eu vivo o meu clube, o não perco tempo a ver jogos dos outros. Rivalidades? Sim, isso sim, são a chama do desporto, só se melhora tendo bons rivais. Mas não mais que isso.
O ano passado vivemos uma época estranha, faltou muito pouco, mesmo muito (um jogo em cada competição) para termos a época de sonho. Não foi isso que me fez acreditar menos na minha equipa, nos meus jogadores e no meu treinador. O que vivi durante toda a época nenhum benfiquista da minha geração viveu. Foi de longe a melhor época que vi o Glorioso a fazer, a par da de 93/94. Fui pela renovação de Jorge Jesus e nunca o escondi. Tínhamos dois exemplos parecidos, o do Sporting quando despediu o Peseiro e foi o que se viu e o do Bayern, perdedor absoluto há duas épocas e que manteve toda a estrutura, saindo total vencedor na época passada (com o nosso treinador do jogo de Vigo. Era péssimo, não era?).
Mesmo sendo um corpo estranho no mundo benfiquista, mantive a minha posição. Se bem que a certa altura, no início da época, cheguei a reflectir se não estaria errado. Como podemos pedir estabilidade, dizer que queremos um Ferguson no Benfica, quando nos aparece alguém que dá estabilidade à equipa (quatro anos, um primeiro lugar, três segundos, dois dos quais a curta distância, quartos-de-final da champions, quartos-de final, meia-final e final da Liga Europa) e, devido a uma arrogância sem sentido (o passado não joga), queremos mandá-lo embora! Eu não tenho memória curta e em quase 30 anos foram mais os anos a terminar o campeonato em Dezembro (muitas vezes em 3º e mesmo em 6º) e a não avançar das primeiras eliminatórias da Taça Uefa (sim, não da Champions) do que a lutar até ao fim. Tenho consciência que as coisas custam a mudar. E só quem não quer ver ou quem não quer que o Benfica melhore pode dizer uma coisa dessas.
O Jesus não é perfeito, é arrogante, certas vezes de forma estúpida, mas isso grande parte dos grandes treinadores o são. Ferguson, Mourinho, Capello, Bella Guttman, Klopp são e eram arrogantes, porque são e eram bons no que fazem e faziam. Mas eu acredito que o futuro do Benfica passa por ele. Mesmo sem ter muitos títulos, já deu mais ao Benfica do que muitos (benfiquistas incluídos) pensam.
Recuperar um gigante das cinzas, um clube que esteve quase a ir à falência, é algo ao alcance de muito poucos. É muito mais difícil do que chegar a um clube vencedor e desatar a ganhar coisas. Alguém imagina o Eusébio campeão da Europa com equipas como as que tivemos no final da década de 90? Foi Rei, mas não jogava sozinho, nasceu e cresceu numa equipa que já era campeã da Europa! Em que não vinham os tubarões de fora buscar os melhores jogadores! Por isso falar é muito fácil, invocar os heróis de antigamente quando éramos enormes! Para mim, os grandes de outrora têm que ser o exemplo a seguir, mas não mais que isso. A eles o enorme obrigado e reconhecimento por terem dado ao Benfica o estatuto que goza hoje em dia, mesmo depois de passar por graves crises.

Ao escrever isto não tenho certezas de nada quanto a esta época, pode ser boa, fenomenal ou outro desastre. Só sei que quase no fim e ainda vamos por todas! E ao ver a equipa jogar, estou convencido que seremos campeões! Mas isso já estava na primeira jornada!

domingo, 16 de março de 2014

Eurofestival…e nós pimba!

Antes de mais, quero dizer que nada tenho contra a música dita “pimba”, gostos não se discutem. Posso não gostar do género, mas reconheço haver bons profissionais dentro dele, que fazem dançar o país de ponta a ponta nas mais diversas festas locais e mesmo em programas televisivos. E todos nós sabemos cantarolar pelo menos um refrão dalguma dessas músicas, pois são fáceis de ficar no ouvido.
Estando eu em Espanha não vejo muita televisão, menos ainda a portuguesa. Vejam lá que nem sabia que era ontem a eleição da música que nos vai representar lá fora. E que grande representação vamos ter!
Uma pessoa estava a falar comigo e disse-me “Olha, nem acreditas na música que escolheram para o festival da canção! Nem a vais querer ouvir!” Lá está que isto é mesmo a pedir para que eu a ouvisse…mas mais valia ter-lhe feito caso!
O que ouvi não é música, é um atentado a ela! A moça reúne em si a antítese de um cantor. Voz esganiçada, desafinação, pouca presença em palco, enfim…
A verdade é que ganhou. A democracia e o dar-se voto ao povo para tudo e algo mais tem destas coisas. A maioria até pode não ter votado nela, pode até não ter gostado, mas ela reuniu mais votos. Ganhou, pelas regras merece e vai representar-nos. As regras podem, e creio, estar mal. Se ela representa o país, a decisão nunca deveria de ser do povo, porque nem todo o povo vê ou pode ver televisão, nem todo o povo pode votar, nem todo o povo tem competência para saber quem canta bem ou não. Imaginem que as selecções desportivas do país escolhiam os seus membros através de voto popular. Iam os que tivessem mais amigos!
E não pensem que foram os velhinhos a votar na rapariga. Eu não a conheço, mas quando vi o cenário um pouco (a favor) para o porno, os gajos vestidos de cabedal, perguntei a uma pessoa “Ela saiu da casa dos segredos?” Programa que nunca vi, mas vou vendo pelo face as personagens que de lá saem. E o problema é mesmo este. Temos umas gerações que a nível cultural dão audiências a este tipo de programas e isso vai reflecte-se obrigatoriamente em outras valências da vida. Muitos devem ter votado ontem para ver se ela aparece sem roupa da próxima vez que cantar e a ver se eles vão de tanga! Tenho piada é que ainda não vi nenhum comentário de alguém que tenha gostado/votado na música. Tendo ganho seria o mais normal! Será vergonha na cara ou uma nova versão do "atirar a pedra e esconder a mão"? Ontem não foi um tiro nos pés, foi um tiro directamente no coração da música portuguesa.
E queixava-me eu do excesso de novelas e de futebol. Não sou hipócrita, adoro futebol, não consigo é ver tardes inteiras de futebol nem programas de debate.
O festival da canção já perdeu o encanto de outrora, em que se fazia boa música em português. Ontem ouvi mais algumas das alternativas (qualquer uma melhor que a vencedora), mas nenhuma me convenceu. Para mim não se enquadram no espírito do festival.
Longe vão os tempos de Artistas talentosos como Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, Eduardo Nascimento, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, Fernando Tordo, Manuela Bravo, José Cid, Da Vinci, Dulce Pontes, Anabela, Sara Tavares e termino com a minha preferida de todas, Lúcia Moniz. Podemos não saber exactamente quais as músicas que eles cantaram, mas ainda estão na memória de muitos, mesmo dos que ainda não eram nascidos na época.

Deixo aqui aquela que para mim foi a melhor de todas e que acho que teve a melhor classificação de sempre…

segunda-feira, 10 de março de 2014

Atendimento ao público…também uma questão cultural!

Há quase 6 anos, quando cheguei a Espanha, mais concretamente a Pontevedra, encontrei uma sociedade e uma cultura com muitas semelhanças à nossa, mas também com muitas diferenças.
Uma das principais diferenças foi o estilo de vida, mais tranquilos, mas não uma tranquilidade “alentejana”. Vivem com mais alegria, são mais festivos e, quer queiramos quer não, é importante celebrar a vida, seja de que modo for.
A outra grande diferença, diria abismal, tem a ver com os serviços administrativos. Quando vim para aqui, uma ida às finanças ou à segurança social em Portugal (mais especificamente em Fafe, mas creio ser um pouco geral pelo que ouço) era um inferno. Primeiro pelo tempo de espera, pela organização do sistema em si. Outra pela atitude das pessoas que atendem (claro que há excepções). É desconfortável ir a um serviço do qual pouco entendemos e vermos a cara e o tom de voz da pessoa que nos atende, numa recriminação bem explícita, por não sabermos aquilo para que eles são pagos para explicar e esclarecer. E se depois há alguma coisa que estava mal, com consequências para quem se preocupa em ter tudo bem, a culpa morre solteira…aliás, não morre nada, é do cidadão que devia ter dado aquilo na escola! Como dizem “Está tudo explicado na intenet”!
Imaginem agora os enfermeiros receberem um doente para lhe fazer um penso, porem má cara, entregarem o material e os produtos ao paciente e ele que faça o penso a si mesmo. Está tudo explicado na internet, não é? Não acontece isso, mas algumas pessoas mereciam isso.
Voltando aos serviços administrativos espanhóis e de Pontevedra, não direi que é um prazer ir lá, mas não é nenhum cabo das tormentas. E acreditem, apesar de agora não ser nenhum entrave, quando aqui cheguei e mesmo as línguas serem relativamente parecidas, quando se trata de burocracias tudo parece chinês! E qual a reacção dos funcionários? Amabilidade acima de tudo. Capacidade para explicar pacientemente o que as pessoas precisam, nota-se preocupação em ajudar. Mesmo quando não entendem bem o interlocutor que têm à frente.
Para não falar no tempo diminuto de espera. Não faz falta perder uma manhã inteira para tratar de pequenos assuntos.

Podiam aproveitar e já que estamos tão perto, copiar os bons exemplos!


domingo, 9 de março de 2014

O valor de um berro!

Anda por aí uma teoria que defende que se deve deixar fazer tudo o que as criancinhas querem, não as contrariar, pois só assim conseguirão ser umas crianças plenamente felizes.
Na minha opinião, isto apenas levará a que as crianças de hoje sejam mais tarde adultos prepotentes, sem respeito pelos outros, agressivos ou depressivos perante as contrariedades etc.
Mas isto já é tema mais que debatido e já se começa a ver (de há uns anos para cá) o resultado desta teoria.
Vou focar-me apenas num aspecto, que é o facto de as crianças só fazerem o que querem. Se não querem não são obrigadas. Ok, admito esta visão da coisa, mas uma criança muitas vezes não sabe o que é melhor para ela (nem tem que saber) e os pais que se refugiam nesta ideia, a meu ver, apenas estão a fugir às suas responsabilidades. É o caminho mais fácil, que não leva a chatices nem birras dos filhos. 
Vou pegar no meu caso para servir de exemplo…melhor dizendo, a meu ver o exemplo é o meu pai e não eu. Como já escrevi aqui, entrei para o Karate com seis anos. Durante muitos anos conjuguei a prática do Karate com outros desportos (principalmente escolares) e, como é normal nas relações de larga duração, houve uma altura em que saturei, perdi algum ânimo, aliado também à saída do meu melhor amigo do Karate e estive dois meses sem treinar. Tudo servia de desculpas. Teria eu os meus treze anos, mais coisa menos coisa. Hoje já estaria na idade da emancipação, de sair à noite e não dar cavaco aos pais.
Lembro-me como se fosse hoje. Estava eu no meu quarto e o meu pai, muito calmamente, entra e pergunta “Não vais treinar hoje?” Ao que eu respondi com mais uma das minhas desculpas esfarrapadas que não ia. Do tom calmo, a um berro inesperado grita o meu pai “Pega imediatamente no saco que vais ao treino!” Levou-me ao treino. Não que fosse preciso confirmar que eu ia mesmo ao treino, pois nesse momento seria incapaz de sair de casa para outra coisa que não fosse para treinar.
O meu pai simplesmente foi pai. Achou, e bem, que o filho não sabia o que era melhor para si mesmo. Então não fugiu à sua responsabilidade, contrariou-me, forçou-me, se assim quiserem, a ir. Resultado? Em vez de ter ficado traumatizado e com problemas psicológicos, ainda hoje, passados uns dezasseis anos, continuo no Karate. Uma casa onde muito aprendi como pessoa e fundamental no desenvolvimento e afirmação da minha personalidade.
Por isso, o que sinto hoje não é raiva, birra nem qualquer menosprezo por essa atitude do meu pai. Às tantas no momento tive, mas não me lembro. Sinto sim um profundo agradecimento por me ter orientado quando mais precisei.

Muitas vezes cresce-se mais com um “Não”, que com um vida repleta de “Sins”.

segunda-feira, 3 de março de 2014

And the Oscar goes to...

Esta madrugada celebrou-se mais uma vez a entrega dos Oscares, os prémios máximos da sétima arte para a maior parte. Como apaixonado de cinema (admito que a maior parte vindo da terra do Tio Sam) sempre tive um certo fascínio por esta cerimónia, apesar de poucas vezes ter assistido em directo a ela.
Depois dos prémios atribuídos há sempre quem ache injusto, pois cada um terá os seus gostos e os seus favoritos e só ganha um por categoria. Neste momento apenas vi três dos filmes nomeados. O Clube de Dallas, O Lobo de Wall Street e acabo de ver o Frozen. Por isso apenas posso comentar o que vi.
Acho o Leonardo Di Caprio um excelente e versátil actor, que vem dando provas, ano após ano, da sua capacidade inata para a representação, não sendo apenas uma cara linda nem uns olhos bonitos. Sou o primeiro a dizer que é injusto ele ainda não ter um Oscar, apesar dos Oscares não serem algo obrigatório para se ser grande actor. Como em tudo, haverá jogos de interesses envolvidos e nem só o talento ganhará prémios.
Se ele merecia ganhar um Oscar pelo papel dele neste filme? Sem dúvida alguma que sim, foi uma grande interpretação, mas…sim, há um “mas” que faz toda a diferença, um “mas” enorme. Esse “mas” tem nome, Matthew McConaughey, com o seu soberbo papel em “O Clube de Dalas”! Aliás, todo o filme é intenso e soberbo. Com um Jared Leto irreconhecível a mostrar mais uma vez o talento monstruoso que tem. Matthew teve o mérito de mostrar que também é muito mais do que um sex symbol. O problema não é sê-lo, problema é apenas ser isso. Por isso, Di Caprio simplesmente teve o “azar” de ter conseguido mais uma excelente representação no ano de McConaughey.
Depois há Frozen, mais um filme com chancela da Disney. Misto de história, cores, música e cenários incríveis. Sinceramente, o Óscar para melhor actor secundário devia ter ido para o Olaf, o boneco de neve do filme Frozen! Já não me lembrava de rir assim tanto desde o Burro do Shrek!

Deixo aqui fica mais uma das músicas Disney, que provavelmente ficará no imaginário de miúdos nos anos vindouros.

Carnaval, o problema de ninguém levar a mal!

Admito que não sou um fanático do Carnaval, mas desde há uns anos para cá tenho saído nestas noites de folia quando posso.
Sou uma pessoa que gosta de pessoas com imaginação/criatividade, que sejam originais e que não caiam na vulgaridade.
Como não amo o carnaval (até há duas semanas nem sabia quando era), é possível que me falte alguma originalidade na hora do disfarce e não dedique a isso o tempo que às tantas até merecia. Mas dou valor a quem o faz.
Adorei alguns disfarces que vi, genial aquele Tartaruga Genial, super cómico aquele grupo que entra no bar, disfarçados de polícias a mandar fechar o bar e a fazer mais barulho que os delinquentes, super sexys (nada vulgares e até iam tapadinhas) algumas bat girls e minnies entre mais um caso ou outro de pura criatividade.
Depois há aqueles, como eu, que apesar de não amarem juntam-se ao grupo, não deslumbram, mas encarnam o espírito da festa.
Depois há os outros, aqueles e aquelas, que, na minha opinião (o que escrevo aqui é sempre a minha opinião), desfilam vulgaridade. E com o vulgar não me refiro só à falta de imaginação.
Indivíduos super machos que vão de fato de banho feminino , creio eu numa tentativa de luzir músculos e sabe-se lá mais o quê. Nada contra a tradicional troca de sexos nos disfarces, vi alguns com piada atenção. Mas levar apenas um fato de banho feminino é ir mascarado de mulher? Eu acho que muitos aproveitam para sair do armário. E já viram o perigo que é, depois de uma noite de copos…todos os gatos são pardos!
Também vi algumas com disfarces de minnies , pocahontas ou abelhas maias capazes de fazer corar de vergonha as personagens que tentavam recriar. Nunca vi essas personagens a vestir mini mini mini saias, a usarem ligas e a mostrar sabe lá mais o quê! Parafraseando uma anedota do joãozinho que eu conheço, elas estão disfarçadas de uma coisa que eu cá sei (estarão?) …os acessórios são só para enganar!

E não se misturem coisas que não têm nada a ver. No Brasil, por exemplo, a nudez nesta altura do ano é bem conhecida nos desfiles no sambódromo. Mas não é algo gratuito. É algo que representa algo, além da tradição, é como se fossem actores em que o guião exige isso. É como se fossem nús artísticos, que sem dúvida alguma o são. Para não falar que lá é verão nesta altura!