domingo, 29 de julho de 2012

Um Conto de Fadas

Este texto não é a repetição do anterior…apenas na intenção.

No dia de ontem fui a novo casamento, de mais uma amiga, uma grande amiga. Se já tive provas que as amizades se mantêm à distância e mesmo apesar de alguma ausência, esta minha amiga é a prova viva que não é preciso muito tempo de convivência para se criarem laços de amizade.

Conheci a “L” no trabalho…cheguei lá para fazer turno e tinha uma colega para integrar…olhei para ela e a primeira impressão e pensamento foram “Esta não vem aqui para trabalhar!” Além de ter passado um turno muito caladinha, parecia que estava com medo! Não podia estar mais enganado…provou ser uma excelente colega de trabalho (em momentos difíceis) e mostrou ser uma tagarela de primeira, nos cerca de 4 meses em que trabalhamos juntos! E fico contente por ter sobrevivido ao susto que lhe pregamos!

É difícil e fácil dizer como ela é como pessoa. No casamento, uma amiga dela comovida disse-me “Ela não é uma pessoa qualquer…” Como eu percebi o significado destas palavras. Se a “L” fosse outra pessoa, às tantas diria que seria um pouco fútil…mas isso é coisa que ela não é. Ela é de uma transparência, sinceridade e frontalidade incríveis. É daquelas pessoas que se pode dizer que é “boa pessoa”, mas aquele ser bom genuíno, por vezes inocente, algo raro de ver hoje em dia.

Por isso, foi para mim um prazer ter assistido a um dos dias mais importantes da sua vida. Festa lindíssima, noivos radiantes, a merecerem toda a felicidade do mundo. Se alguma vez imaginasse ver um casamento assim…sem dúvida que teria que ser o da “L”! Parecia tirado de um filme ou de um conto de fadas!

Espero que a história da “L” e do “F”, que agora inicia novo capítulo, seja daquelas em que o livro se fecha com um “E viveram felizes para sempre!”

Sorrio ao ver-vos sorrir!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Feliz por ti...

Será que as grandes amizades são aquelas que têm que ser vividas diariamente, em contacto permanente? Eu acho que não. Tenho pessoas com quem não estive durante muito tempo e no dia em que nos voltamos a encontrar a cumplicidade e o à vontade davam a entender que tínhamos estado juntos no dia anterior.

A “L” é um desses casos. Uma grande amizade alicerçada durante o tempo universitário, findo o qual aconteceu um distanciamento, principalmente devido a questões profissionais. Dois anos praticamente sem nos vermos, praticamente sem nos falarmos.

Amizade desfeita? Nada mais errado. Bastou um telefonema, um café onde as causas de tal distanciamento foram faladas (nunca explicadas, porque não havia nada que explicar) e os laços retomados. Não me custou nada o reacender desta amizade, uma vez que sempre foi das pessoas mais próximas a mim e, deste modo, era uma amizade pela qual eu sentia enormes saudades.

Desde então, não se pense que estamos juntos todas as semanas ou mesmo todos os meses. Não vivemos relativamente perto para tomar um café a qualquer altura, mas sempre que nos encontramos a amizade está lá, intacta, exactamente no ponto onde tinha ficado da última vez…pronta a ser fortalecida, nunca com sinais de enfraquecimento.

Conforme havia prometido em tempos da universidade, ela convidou-me para um dos dias mais importantes da vida de qualquer pessoa. Convite esse que acedi de pronto, ao qual faltaria unicamente se o trabalho não mo permitisse.

Foi com um enorme prazer que vi a minha primeira grande amiga a casar-se. Ao vê-la veio-me a imagem da Bella Swan no dia do seu casamento, isto para quem seguiu a saga “Luz e Escuridão” e viu o filme “Amanhecer”. Como deve ser, foste a que mais brilhou no teu dia. Os teus olhos irradiavam o teu estado de espírito. O teu sorriso, mostrava a pessoa sincera que és…que o mantenhas ao longo da tua vida.

Disfrutei muito do casamento, diverti-me, gostei da companhia da mesa, apesar de em sete pessoas só conhecer uma (ainda mantenho capacidade de socializar com novas pessoas) e apenas posso desejar uma coisa…que tu e o “A” encontrem sempre a felicidade que buscam. E mais importante, têm-se um ao outro.

Da minha parte, terás aqui sempre a pessoa que sempre fui para ti. Um sincero amigo, disponível para qualquer coisa…e isto estende-se ao “A”, que automaticamente entra no meu grupo de amizades.

A tua felicidade é a minha felicidade. Beijinho do tamanho do mundo

domingo, 8 de julho de 2012

Sou de Fafe…e isso me envaidece!

Para quem não sabe (haverá alguém que não o saiba?) sou de Fafe, uma pequena e jovem (o que são 26 anos?) cidade, do norte do País.

Aos olhos dos forasteiros, Fafe pode não ter muito que ver…ou às tantas aos olhos dos forasteiros, Fafe tem mais que ver do que eu penso. Às vezes por pertencermos a um sítio, de estarmos habituados a ele, pensamos que não tem muito a oferecer à gente de fora. Espero que seja esse o caso.

Eu saí de Fafe aos 18 anos, devido à Universidade, no fim voltei um ano, para sair outra vez. Levo 9 anos fora de Fafe, apesar de cá voltar assiduamente. Descobri e aprendi que Fafe não é o único local onde eu me consigo imaginar a viver. A nossa terra será aquela onde possamos conjugar a vida profissional com a pessoal, mas acima de tudo, onde tenhamos vida profissional.

Por sorte sempre estive em cidades de que gostei de viver, ou aprendi a gostar. Uma delas, sem dúvida alguma, Viana do Castelo. Mas Fafe é e será sempre a minha terra natal. O sítio que, onde quer que eu esteja, irei sempre querer voltar, nem que seja por um dia. Nasci e cresci aqui. Metade da minha família está aqui. Representei e ainda represento o nome de Fafe através da Academia de Karate de Fafe. Foi nesta segunda família que aprendi o sentimento de querer representar sempre bem o local onde pertenço, a dizer com satisfação…”Sou de Fafe!” Não é orgulho, pois nada fiz para nascer aqui. Aconteceu e pronto. Contudo, mais que ter nascido aqui, tornei-me num filho da terra.

Fafe como cidade pequena que é, tens os seus defeitos. Tudo se sabe, tudo se comenta. Poderes institucionalizados, um partido que ganha desde que eu me lembro, cunhas e compadrios. Pessoas que ganham notoriedade sem nada fazerem, mas por terem sido colocados no sítio certo, pela pessoa certa, depressa ganham honras como se tivessem feito algo de extraordinário. Cidade de Doutores e Engenheiros, mas que devem ter tirado o curso juntamente com o Sr. Sócrates e o Sr. Relvas, dada a sua incompetência, orgulho labrego e, pior de tudo, falta de inteligência. Mas isto, quero eu acreditar, deve acontecer por esse país fora, não sendo apenas um traço de Fafe, mas do país.

Acabo de chegar há pouco de ver as Marchas da cidade relativas às Festas do Concelho. É algo que já vi imensas vezes, algo que já deixei de ver apenas porque não me apetecia sair de casa…mas neste momento era algo que já não via há 4 anos. Não por minha vontade, mas por impossibilidades devido à vida profissional. Hoje voltei a ver o desfile de carros alegóricos a passar e a dar luz ao lindo centro da cidade, a festa das crianças e dos adultos, o fogo-de-artifício a iluminar o céu escuro. Voltei a sentir o calor humano das gentes de todo o concelho, que ajudou a subir um pouco as frias temperaturas deste verão incaracterístico.

Sou de Fafe…e isso me envaidece!