Sendo enfermeiro todos os anos me toca a trabalhar ou a noite de 24 para 25 de Dezembro ou a de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro. Este ano saiu-me na fava esta última.
Se fico triste? Não, desde que entrei para o curso que me mentalizei desta realidade e nestes 3 anos e meio de trabalho, habituei-me a desfrutar um pouco destes dias com os meus doentes.
Como fiz a noite de ontem também, adiantei grande parte do meu trabalho, então hoje acabei mais cedo um bom bocado. Que fiz eu no tempo que ganhei? Fui dormir por estar cansado? Não, fui aos doentes que aqui temos, aos que estão mais orientados e conseguem manter uma pequena conversa, não só desejar-lhes um Feliz Ano Novo, mas também dar-lhes um pouco do que normalmente não consigo fazer...dar-lhes um pouco mais do meu tempo.
A alguns foi mesmo só desejar votos de um bom ano…mas sabem o que isso significa para quem está internado numa instituição e muitas vezes não tem sequer um familiar que os vá ver? Saberem que alguém se lembrou deles não trata a dor, mas acreditem, alivia o sofrimento. Nem que esse alguém seja o enfermeiro que está com eles metade dos dias de um mês, todos os meses!
Com outros estive um pouco mais à conversa, pois são pessoas que se tiverem quem os ouça têm sempre algo que contar, algo do que se queixar, algo que desabafar. Mas é isso mesmo, são pessoas, que apesar de estarem doentes, nunca o deixam de ser. E como tal, gostam de receber um pouco de atenção nestes dias. Sei que é um pequeno e insignificante gesto, mas tenho pena de não o poder fazer mais vezes.
De resto o normal por aqui nestas datas…um jantar diferente dos outros dias, com direito a camarões e vieiras, algo que aprendi a apreciar desde que vim para terras galegas!
Ainda bem que aqui as uvas que se comem são das normais, que eu não gosto das uvas passas. Desse modo pude pedir os meus desejos e posso assim esperar um 2012 cheio de alegrias e coisas boas!
Claro que gostava de estar entre pessoas do meu seio familiar ou que, não o sendo, são muito importantes para mim. Mas sinto-me um privilegiado por poder fazer companhia a pessoas que necessitam de mim de outra maneira.
Sinto o seu carinho, o seu apreço, seu obrigado em cada sorriso ou palavra que dizem.
São dias como este que me fazem sentir ainda mais aquilo que sou todos os dias…Enfermeiro!
Se fico triste? Não, desde que entrei para o curso que me mentalizei desta realidade e nestes 3 anos e meio de trabalho, habituei-me a desfrutar um pouco destes dias com os meus doentes.
Como fiz a noite de ontem também, adiantei grande parte do meu trabalho, então hoje acabei mais cedo um bom bocado. Que fiz eu no tempo que ganhei? Fui dormir por estar cansado? Não, fui aos doentes que aqui temos, aos que estão mais orientados e conseguem manter uma pequena conversa, não só desejar-lhes um Feliz Ano Novo, mas também dar-lhes um pouco do que normalmente não consigo fazer...dar-lhes um pouco mais do meu tempo.
A alguns foi mesmo só desejar votos de um bom ano…mas sabem o que isso significa para quem está internado numa instituição e muitas vezes não tem sequer um familiar que os vá ver? Saberem que alguém se lembrou deles não trata a dor, mas acreditem, alivia o sofrimento. Nem que esse alguém seja o enfermeiro que está com eles metade dos dias de um mês, todos os meses!
Com outros estive um pouco mais à conversa, pois são pessoas que se tiverem quem os ouça têm sempre algo que contar, algo do que se queixar, algo que desabafar. Mas é isso mesmo, são pessoas, que apesar de estarem doentes, nunca o deixam de ser. E como tal, gostam de receber um pouco de atenção nestes dias. Sei que é um pequeno e insignificante gesto, mas tenho pena de não o poder fazer mais vezes.
De resto o normal por aqui nestas datas…um jantar diferente dos outros dias, com direito a camarões e vieiras, algo que aprendi a apreciar desde que vim para terras galegas!
Ainda bem que aqui as uvas que se comem são das normais, que eu não gosto das uvas passas. Desse modo pude pedir os meus desejos e posso assim esperar um 2012 cheio de alegrias e coisas boas!
Claro que gostava de estar entre pessoas do meu seio familiar ou que, não o sendo, são muito importantes para mim. Mas sinto-me um privilegiado por poder fazer companhia a pessoas que necessitam de mim de outra maneira.
Sinto o seu carinho, o seu apreço, seu obrigado em cada sorriso ou palavra que dizem.
São dias como este que me fazem sentir ainda mais aquilo que sou todos os dias…Enfermeiro!