Sei que já passaram uns dias, mas
não podia deixar de escrever umas singelas palavras àquele que, para mim, é um
dos melhores actores da meca do cinema.
Estava eu de férias, meio alheado
do mundo (logo sem internet e pouca televisão), quando leio um título na última
página do jornal Abola sobre o fanatismo de Robin Williams em relação ao Tour
de France. Vou a ler a notícia e apenas nas últimas linhas percebo que algo
tinha passado. O pior, como constatei depois.
Fui assomado por um sentimento de
tristeza. Reparei que, sem eu saber, era um fã deste enorme actor. Comecei a
conhecê-lo com os filmes Hook e Jumanji, na minha infância. Só ele para
encarnar a jovialidade do Peter Pan num corpo adulto. Mas não foi com estes
filmes que fiquei fã de um artista capaz de passar da comédia ao drama (ou ao
contrário) de modo tão versátil (ah, como detestei a personagem dele no filme August
Rush!).
Good Morning Vietnam, Good Will Hunting (mais
conhecido como O Bom Rebelde) e um surpreendente Awakenings elevaram-no ao topo
dos meus actores de eleição. Como todos os actores, conta com alguns trabalhos
menos conseguidos, mas isso em nada o diminui.
Porém, o filme que mais gostei de
ver foi o Dead Poets Society, em português Clube dos Poetas Mortos. Curiosamente,
tive este filme gravado muitos anos em VHS (cortesia do meu pai) e não o via
porque pensava que era um filme de terror, género que não gostava muito quando
criança. Acho que o vi com a idade certa, com a maturidade necessária para
apreciar como deve ser esta obra cinematográfica.
Um grande actor como ele foi não
merecia este fim inesperado. Mas é a prova cabal que as estrelas que adulamos são
pessoas de carne e osso como nós. Contudo, acredito que o seu nome será
eternizado cada vez que um dos seus filmes passar, cada vez que ele provocar um
(sor)riso ou de cada vez que nos emocionar.
Obrigado Robin, por tudo!