Antes de mais, quero dizer que algumas
coisas que se apontam a esta direcção, são problemas que já vinham detrás. Uma
delas, o pagamento de cotas, alvo de um recente regulamento, que mais não é do
que atirar areia para os olhos das pessoas. (http://www.ordemenfermeiros.pt/legislacao/Documents/LegislacaoOE/Regulamento_isencao_de_pagamento_de_quotas.pdf
)
Não indo ao pormenor de analisar
pontos ridículos, aos quais tão bem estamos habituados devido à sua proliferação
noutras áreas políticas, ressalvo um em que ficam isentos “Enfermeiros
recém inscritos, recém licenciados e desempregados que se encontrem à procura
de primeiro emprego e com inscrição no Instituto de Emprego e Formação
Profissional”.
Em primeiro lugar, para mim,
desempregado é desempregado. Por isso a isenção devia de ser para todos os enfermeiros
desempregados…na área. Porque posso ter trabalho sem ser em Enfermagem e estou
obrigado a pagar cotas que não devia de pagar. Em segundo lugar, sabem os senhores
da OE, que se um enfermeiro é chamado pelo Instituto de Emprego por uma oferta
de trabalho, imaginemos dessas de 3,96 euros/hora, e que a rejeita, esse colega
é excluído do Instituto de Emprego? Ou seja, estão a favorecer algo que deviam
de combater.
De resto, creio que isto é um dos
males menores da situação actual da OE. Uma Instituição que tem uma direcção
ilegal durante mais de 3 anos. Claro, isto num país que permite que uma coisa
destas se arraste 3 anos, com as consequências que daí advêm. Que acontece
agora com todas as decisões tomadas? Com todas as representações televisivas
(mal) feitas? Já ouvi dizer que as mesmas pessoas estão a preparar-se para as
próximas eleicções. Como se costuma dizer “À mulher de César não basta ser
séria, tem que o parecer!” E da seriedade de certas pessoas já duvido há muito!
Vou esperar atentamente os próximos capítulos desta novela.
A meu ver, quem tome conta da
direcção da OE não pode, de modo algum, perder o sentido de “Ser Enfermeiro”. Para
políticos já basta os que estão na assembleia.