terça-feira, 16 de julho de 2013

Compadrios, uma praga ou ser bom português?

As redes sociais, no meu caso o facebook, são locais onde se descobre certas coisas, algumas delas estranhas.
Sigo, mais por interesse profissional, um blogger denominado Doutor Enfermeiro (DE). Aborda alguns assuntos ligados à minha área profissional, mas nos últimos tempos tenho conhecido uma parte política (não de partidos, mas dentro da enfermagem) do autor deste blog. Nota-se que é defensor de quem dirige a Ordem dos Enfermeiros (OE), ao contrário de mim. Porém, cada um tem direito à sua opinião, não é isso que está em causa.
Numa troca de ideias num grupo do facebook, também ele ligado à nossa área, este blogger convida alguns colegas a terem uma reunião com o Bastonário da OE, de modo a propor soluções aos nossos problemas e não apenas criticando sem nada fazer. Até aqui tudo bem, ideia a meu ver válida.
A meu ver, o problema surge quando é o autor anónimo do blog que consegue essa reunião com o Bastonário, dizendo algo tipo “É só mandar mensagem, que eu consigo reunião de modo a apresentarem soluções.”
Será que não me consegue uma cunha para trabalhar em qualquer sítio em Portugal?
Numa profissão como a nossa, em que a ética é tão valorizada (e bem), parece-me pouco ético este tipo de influências. Se queremos contactar com a OE, temos os meios oficiais para o fazer (se nos respondem é outra questão…ética?) e não deveria ser necessário um convite, via facebook, de alguém anónimo, para conseguir esse contacto. Aqui já me parece a política e o seu tráfico de influências e compadrios a entrar numa entidade como a OE. Ou seja, um péssimo caminho.
Claro que, como país de velhos costumes, muita gente verá isto como algo normal. Eu não vejo, mas isso sou eu.
Fica mal na fotografia o DE e a OE…mas principalmente a OE, órgão público que devia primar pela transparência nas suas ações. Claro que a OE sabendo disto tem uma solução fácil, pode afastar-se das declarações do DE, dizendo que nada sabem e que esta pessoa não é um agente de reuniões da OE.

Mas uma vez mais, como já referi aqui anteriormente, à OE não basta ser séria, tem que parecê-lo!

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