Dia 12 de Maio…dia Internacional do Enfermeiro. Admito que não sou muito dado a estes dias mundiais e internacionais, costumam passar-me ao lado. E, apesar de enfermeiro, este dia também não me acrescenta nada de mais.
Sou enfermeiro 365 dias por ano, só folgo 1 dia nos anos bissextos! Porém, hoje (apesar de estar a escrever dia 13, para mim ainda é dia 12) ao ver tantas alusões ao dia, todas de pessoas ligadas à Enfermagem, relembrei-me do dia em que tudo começou.
15 de Julho de 2008, sem dúvida o passo mais importante que dei até hoje. Foi o passo que me permitiu fazer aquilo que, hoje em dia digo sem reserva alguma…Amo.
Foi o dia em que iniciei o meu trabalho como enfermeiro, livre das amarras de avaliações (justas e injustas), livre de professores que muitas vezes se pode questionar se o serão (um professor deve procurar transmitir o que sabe incutindo responsabilidade ao aluno, não medo). Foi a primeira vez que tive plena autonomia e pleno sentido de responsabilidade pelo que fazia.
Lembro-me de nesse dia estar assustado. Sim, tive medo, medo de uma nova realidade, de um novo país, no fundo medo do desconhecido. Mas o medo real era apenas um…será que conseguiria algum dia merecer a designação de “Enfermeiro”. Digo a verdadeira, não aquela que recebemos apenas por pagarmos as cotas à Ordem e que nos dá o direito a trabalhar…o problema muitas vezes é ter onde o fazer.
Podem questionar se o início não terá sido o primeiro dia na universidade…mas para isso teria que dizer que quiçá, o primeiro dia teria sido a minha entrada no infantário. Não, não o considero. O infantário deu-me armas para seguir para a primária…esta para seguir para o ciclo, o ciclo deu as armas para o secundário e este deu-me os meios para enfrentar a universidade. A universidade apenas se limitou a dar-me algumas capacidades que me poderiam ajudar a ser enfermeiro. A universidade não tem capacidade para tornar alguém enfermeiro.
É o trabalho diário, o cuidar diário de outras pessoas que nos dão essa possibilidade. É ver o sofrimento das pessoas, saber lidar com ele. É ser humilde ao ver o agradecimento estampado na cara dos doentes por qualquer coisa mínima que façamos (experimentem dar um pouco de água a alguém que não o consegue fazer por si só). É termos sentido crítico e de responsabilidade. É aprender com os erros que cometemos. Seremos enfermeiros quando descobrirmos que “o cuidar” é uma arte. Quem sabe, a mais bela do mundo.
Hoje, passados quase 2 anos e reconhecendo que apenas estou no começo de uma longa caminhada, posso dizer que me sinto…Enfermeiro! (mesmo que não pague as cotas à Ordem)
Hoje, para variar, deixo aqui um forte e sentido abraço a todos Enfermeiros e Enfermeiras, espalhados por todo o mundo, que honram e dignificam o “Cuidar”!
Sou enfermeiro 365 dias por ano, só folgo 1 dia nos anos bissextos! Porém, hoje (apesar de estar a escrever dia 13, para mim ainda é dia 12) ao ver tantas alusões ao dia, todas de pessoas ligadas à Enfermagem, relembrei-me do dia em que tudo começou.
15 de Julho de 2008, sem dúvida o passo mais importante que dei até hoje. Foi o passo que me permitiu fazer aquilo que, hoje em dia digo sem reserva alguma…Amo.
Foi o dia em que iniciei o meu trabalho como enfermeiro, livre das amarras de avaliações (justas e injustas), livre de professores que muitas vezes se pode questionar se o serão (um professor deve procurar transmitir o que sabe incutindo responsabilidade ao aluno, não medo). Foi a primeira vez que tive plena autonomia e pleno sentido de responsabilidade pelo que fazia.
Lembro-me de nesse dia estar assustado. Sim, tive medo, medo de uma nova realidade, de um novo país, no fundo medo do desconhecido. Mas o medo real era apenas um…será que conseguiria algum dia merecer a designação de “Enfermeiro”. Digo a verdadeira, não aquela que recebemos apenas por pagarmos as cotas à Ordem e que nos dá o direito a trabalhar…o problema muitas vezes é ter onde o fazer.
Podem questionar se o início não terá sido o primeiro dia na universidade…mas para isso teria que dizer que quiçá, o primeiro dia teria sido a minha entrada no infantário. Não, não o considero. O infantário deu-me armas para seguir para a primária…esta para seguir para o ciclo, o ciclo deu as armas para o secundário e este deu-me os meios para enfrentar a universidade. A universidade apenas se limitou a dar-me algumas capacidades que me poderiam ajudar a ser enfermeiro. A universidade não tem capacidade para tornar alguém enfermeiro.
É o trabalho diário, o cuidar diário de outras pessoas que nos dão essa possibilidade. É ver o sofrimento das pessoas, saber lidar com ele. É ser humilde ao ver o agradecimento estampado na cara dos doentes por qualquer coisa mínima que façamos (experimentem dar um pouco de água a alguém que não o consegue fazer por si só). É termos sentido crítico e de responsabilidade. É aprender com os erros que cometemos. Seremos enfermeiros quando descobrirmos que “o cuidar” é uma arte. Quem sabe, a mais bela do mundo.
Hoje, passados quase 2 anos e reconhecendo que apenas estou no começo de uma longa caminhada, posso dizer que me sinto…Enfermeiro! (mesmo que não pague as cotas à Ordem)
Hoje, para variar, deixo aqui um forte e sentido abraço a todos Enfermeiros e Enfermeiras, espalhados por todo o mundo, que honram e dignificam o “Cuidar”!
Que bem! :)
ResponderEliminarOlha lá, não te estás a aproveitar das enfermeiras a dar um abraço?! Tu não és tolo não..
ResponderEliminarAlex