No final de uma das minhas últimas noites de trabalho deparei-me, ao entrar num quarto de um doente, com os primeiros raios solares do dia. Que tem isto de extraordinário? Nada, mesmo nada. É uma coisa banal, que qualquer um pode ver…mas que poucos vêem.
Podem também perguntar-se porque me lembrei eu agora disto? Nem eu sei, mas apesar de há quase 3 anos trabalhar no turno da noite, asseguro que nunca me tinha fixado neste pormenor.
As pessoas costumam enaltecer mais o ocaso do dia, há sítios conhecidos por darem maravilhosas perspectivas do pôr-do-sol! Neste caso, naquela janela, eu descobri o sítio ideal para ver o sol a despertar para um novo dia.
Gostei. Apesar de fazer sempre noites, é raro às 6 e pouco da manhã ter a possibilidade de ver o que vi. Na maior parte do ano, chego ao trabalho de noite…e saio de lá de noite. Deito-me de noite e acordo já de noite. Garanto-vos que não é fácil manter uma vida normal neste tipo de horários.
Imaginem, sair do trabalho nunca antes das 8:30h, muitas vezes mais tarde. Chegar a casa. Antes das 10h é impossível estar deitado. Dormir as 8h recomendadas (quando o cansaço não obriga a mais), leva a despertar por volta das 18h. E que fazer depois das 18h? Humm, deixem cá ver…é complicado! Mesmo se eu fosse um adicto as saídas nocturnas, nem todos os dias há sítios abertos, nem quem nos queira fazer companhia. Além que o dinheiro não estica para sair todas as noites.
Se não se sai, que se pode fazer? Convidar amigos para uma conversa….podia ser, não estivessem mais interessados em jantar e ir dormir, porque à que levantar cedo no dia seguinte.
Isto talvez seja uma maneira de eu justificar o tempo que passo sentado em frente ao computador, meu amigo das horas vagas, e às horas que passo acordado noite dentro. Passo muito tempo no pc? É verdade sim senhor. Há alternativas coerentes? A não ser que tenha um bom livro, não vejo mais nada. Passear às tantas da madrugada também não me parece plausível!
A sério, por muito que o pc seja meu amigo (nunca se nega a fazer-me companhia), eu troco qualquer hora que passo em frente a ele por qualquer hora, minuto ou segundo que seja para estar com um dos meus amigos, para fazer algo fora de casa, beber um copo ou um café, simplesmente estar com pessoas que me fazem sentir bem. Qualquer oportunidade que tenha de sair de casa ou de socializar, aproveito. Eu não sou adicto ao computador…simplesmente é quem tem maior disponibilidade para estar comigo.
E engraçado é ver quem me crítica por este facto, passar grande parte do tempo que podíamos estar juntos também enfiado em frente a um pc, num vício camuflado de trabalho.
Muita da minha saúde mental é mantida pelos meus doentes, que me enchem todos os dias de palavras de apreço e de animo. Porque eles não se importam que eu esteja acordado às 4, às 5 ou às 6h da manhã. Pelo contrário, agradecem-no.
Posso ser esquisito, diferente dos demais, mas talvez por isso eu tenho a possibilidade de naquele quarto, ao olhar por aquela janela, assistir a algo que me faz sentir bem…
Podem também perguntar-se porque me lembrei eu agora disto? Nem eu sei, mas apesar de há quase 3 anos trabalhar no turno da noite, asseguro que nunca me tinha fixado neste pormenor.
As pessoas costumam enaltecer mais o ocaso do dia, há sítios conhecidos por darem maravilhosas perspectivas do pôr-do-sol! Neste caso, naquela janela, eu descobri o sítio ideal para ver o sol a despertar para um novo dia.
Gostei. Apesar de fazer sempre noites, é raro às 6 e pouco da manhã ter a possibilidade de ver o que vi. Na maior parte do ano, chego ao trabalho de noite…e saio de lá de noite. Deito-me de noite e acordo já de noite. Garanto-vos que não é fácil manter uma vida normal neste tipo de horários.
Imaginem, sair do trabalho nunca antes das 8:30h, muitas vezes mais tarde. Chegar a casa. Antes das 10h é impossível estar deitado. Dormir as 8h recomendadas (quando o cansaço não obriga a mais), leva a despertar por volta das 18h. E que fazer depois das 18h? Humm, deixem cá ver…é complicado! Mesmo se eu fosse um adicto as saídas nocturnas, nem todos os dias há sítios abertos, nem quem nos queira fazer companhia. Além que o dinheiro não estica para sair todas as noites.
Se não se sai, que se pode fazer? Convidar amigos para uma conversa….podia ser, não estivessem mais interessados em jantar e ir dormir, porque à que levantar cedo no dia seguinte.
Isto talvez seja uma maneira de eu justificar o tempo que passo sentado em frente ao computador, meu amigo das horas vagas, e às horas que passo acordado noite dentro. Passo muito tempo no pc? É verdade sim senhor. Há alternativas coerentes? A não ser que tenha um bom livro, não vejo mais nada. Passear às tantas da madrugada também não me parece plausível!
A sério, por muito que o pc seja meu amigo (nunca se nega a fazer-me companhia), eu troco qualquer hora que passo em frente a ele por qualquer hora, minuto ou segundo que seja para estar com um dos meus amigos, para fazer algo fora de casa, beber um copo ou um café, simplesmente estar com pessoas que me fazem sentir bem. Qualquer oportunidade que tenha de sair de casa ou de socializar, aproveito. Eu não sou adicto ao computador…simplesmente é quem tem maior disponibilidade para estar comigo.
E engraçado é ver quem me crítica por este facto, passar grande parte do tempo que podíamos estar juntos também enfiado em frente a um pc, num vício camuflado de trabalho.
Muita da minha saúde mental é mantida pelos meus doentes, que me enchem todos os dias de palavras de apreço e de animo. Porque eles não se importam que eu esteja acordado às 4, às 5 ou às 6h da manhã. Pelo contrário, agradecem-no.
Posso ser esquisito, diferente dos demais, mas talvez por isso eu tenho a possibilidade de naquele quarto, ao olhar por aquela janela, assistir a algo que me faz sentir bem…
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