Hoje comemora-se o 25 de Abril em Portugal, o dia da liberdade, dia em que homens corajosos ousaram livrar o país de um regime decadente e opressor.
Por muitas dificuldades que enfrentemos, nunca deveremos cair no erro de dizer que antes é que se estava bem, que foi a partir daqui que Portugal começou a decair. Nada mais errado. Muitos erros podem ter sido cometidos após o 25 de Abril de 1974 pelos nossos governantes, às tantas pela incompetência de não se estar habituado ao poder, a liderar, a ser justo e imparcial quando se tem um país aos nossos pés.
Quantos de nós, se tivesse possibilidade para isso, não ajudaria um irmão, um amigo ou um conhecido se pudesse? Então se estivessem num alto cargo político ainda melhor e mais fácil. É este espírito do “Porreiro pá!” que leva a que Portugal seja um país de cunhas, favores e compadrios. É mau? É errado? Sem dúvida alguma, defendo sempre as conquistas por mérito, pois só isso leva a profissionais altamente qualificados.
Porém eu continuo a dizer, obrigado a todos os que tornaram realidade este dia…mesmo não tendo vivido as agruras da ditadura, imagino o que é viver num mundo censurado.
É um dia simbólico, feriado para muitos…para mim o 25 de Abril de 1974, é também o dia em que perdi o meu avô materno. Foi levado deste mundo por uma doença que se fosse hoje às tantas ainda cá estaria. Uma doença que lhe permitiu conhecer apenas uma neta e que impediu inúmeros netos de o conhecer. É incrível como alguém que nunca conhecemos suscita em nós um lamento profundo de que isso nunca tenha acontecido. Nunca o conheci, mas desde cedo, bem pequenino, ouvi falar dele, sempre bem dele. Que seria o típico avô de brincar com os netos. De passear com eles. De às tantas ser para os netos o que nunca foi para os filhos.
Claro que agora que sou um pouco crescido e sei que pessoas perfeitas não existem, que o meu avô certamente teria os seus defeitos. Mas eu não me importo…gostaria de o ter conhecido de qualquer maneira. Adoraria passar um dia com o meu avô, às tantas devido àquele egoísmo natural de saber se teria orgulho e se gostaria do seu neto. Não sei, seriam tantos os pensamentos, que um dia não chegaria…mas era suficiente para lhe dar um forte e sentido abraço.
E lembrar-me do meu avô neste dia, desde há 2 anos para cá (se não estou enganado, que o tempo passa a voar e às vezes as datas já se me vão da cabeça), faz-me lembrar também no meu tio, este sim, que tive oportunidade de conhecer e que foi um exemplo para mim. Também nos deixou nesse mês, dia 9 de Abril…Apesar de tudo que se lhe pudesse apontar…demonstrou uma enorme coragem e dignidade na sua luta pela vida. Nunca me vou esquecer das lágrimas que soltei, estando eu a trabalhar, recebi uma mensagem dele a agradecer uma que eu lhe tinha enviado por cumprir anos. O meu tio estava numa fase em que cumprir anos e ser felicitado por isso, penso eu, seria de uma irrelevância tal e de um absurdo constrangedor. Tremi antes de lhe dar os parabéns através de uma mensagem, fiquei com a voz embargada ao ler a sua resposta.
Pai e Filho, farão sempre parte das minhas memórias, mesmo que de maneira distinta.
É por isso que Abril é, não direi um mês difícil, mas sim um mês de lembranças…do que foi e do que poderia ter sido.
Por muitas dificuldades que enfrentemos, nunca deveremos cair no erro de dizer que antes é que se estava bem, que foi a partir daqui que Portugal começou a decair. Nada mais errado. Muitos erros podem ter sido cometidos após o 25 de Abril de 1974 pelos nossos governantes, às tantas pela incompetência de não se estar habituado ao poder, a liderar, a ser justo e imparcial quando se tem um país aos nossos pés.
Quantos de nós, se tivesse possibilidade para isso, não ajudaria um irmão, um amigo ou um conhecido se pudesse? Então se estivessem num alto cargo político ainda melhor e mais fácil. É este espírito do “Porreiro pá!” que leva a que Portugal seja um país de cunhas, favores e compadrios. É mau? É errado? Sem dúvida alguma, defendo sempre as conquistas por mérito, pois só isso leva a profissionais altamente qualificados.
Porém eu continuo a dizer, obrigado a todos os que tornaram realidade este dia…mesmo não tendo vivido as agruras da ditadura, imagino o que é viver num mundo censurado.
É um dia simbólico, feriado para muitos…para mim o 25 de Abril de 1974, é também o dia em que perdi o meu avô materno. Foi levado deste mundo por uma doença que se fosse hoje às tantas ainda cá estaria. Uma doença que lhe permitiu conhecer apenas uma neta e que impediu inúmeros netos de o conhecer. É incrível como alguém que nunca conhecemos suscita em nós um lamento profundo de que isso nunca tenha acontecido. Nunca o conheci, mas desde cedo, bem pequenino, ouvi falar dele, sempre bem dele. Que seria o típico avô de brincar com os netos. De passear com eles. De às tantas ser para os netos o que nunca foi para os filhos.
Claro que agora que sou um pouco crescido e sei que pessoas perfeitas não existem, que o meu avô certamente teria os seus defeitos. Mas eu não me importo…gostaria de o ter conhecido de qualquer maneira. Adoraria passar um dia com o meu avô, às tantas devido àquele egoísmo natural de saber se teria orgulho e se gostaria do seu neto. Não sei, seriam tantos os pensamentos, que um dia não chegaria…mas era suficiente para lhe dar um forte e sentido abraço.
E lembrar-me do meu avô neste dia, desde há 2 anos para cá (se não estou enganado, que o tempo passa a voar e às vezes as datas já se me vão da cabeça), faz-me lembrar também no meu tio, este sim, que tive oportunidade de conhecer e que foi um exemplo para mim. Também nos deixou nesse mês, dia 9 de Abril…Apesar de tudo que se lhe pudesse apontar…demonstrou uma enorme coragem e dignidade na sua luta pela vida. Nunca me vou esquecer das lágrimas que soltei, estando eu a trabalhar, recebi uma mensagem dele a agradecer uma que eu lhe tinha enviado por cumprir anos. O meu tio estava numa fase em que cumprir anos e ser felicitado por isso, penso eu, seria de uma irrelevância tal e de um absurdo constrangedor. Tremi antes de lhe dar os parabéns através de uma mensagem, fiquei com a voz embargada ao ler a sua resposta.
Pai e Filho, farão sempre parte das minhas memórias, mesmo que de maneira distinta.
É por isso que Abril é, não direi um mês difícil, mas sim um mês de lembranças…do que foi e do que poderia ter sido.
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