Vi hoje um vídeo partilhado no
facebook, com 40 segundos, do programa da TVI “Você na TV”, presumo que da
manhã do dia de hoje.
Se não me engano, falam a apresentadora
(?) Cristina Ferreira e a actriz São José Correia (?). Sei que em televisão vale tudo e não ter dois neurónios a funcionar não é critério de exclusão.
Diz a actriz, falando da sua
personagem e com toda a sapiência do mundo, que é uma enfermeira frustrada
porque sempre quis ser médica. Até aqui, nada anormal, uma vez que há realmente
um(a) ou outro(a) colega que se enquadram nesse perfil. O pior foi quando a pseudo-apresentadora
diz “o que acontece com muitos enfermeiros”, ao que a actriz responde “o que
acontece com muitos enfermeiros e que depois dá um comportamento negligente…apesar
de ela ser eficiente profissionalmente”. Nota-se afinal que a actriz generaliza
a sua personagem a muitos enfermeiros, apesar de mostrar certa incongruência,
são negligentes, mas eficientes no trabalho? Minha senhora, decida-se, às tantas
está habituada a ter as suas falas escritas por outros, que quando tem que
dizer algo da sua cabeça, como só tem o Teco e não tem o Tico, o Teco fica a
pensar sozinho e não sabe o que diz.
Quanto a Cristina Ferreira,
personagem televisiva que conheço por ser das mais espalhafatosas e
esganiçadas, deveria saber que uma apresentadora deve ter acima de tudo, bom
senso. Isto porquê? Senão faz a mais pequena ideia do que está a falar devia
abster-se de abrir a boca, porque sai asneira! Ainda mais quando fala de toda
uma classe profissional. Imaginem o que seria eu ir para a televisão, só porque
é “mito”, dizer que acontece com muitas apresentadoras e actrizes o facto de
elas se deitarem com os chefes para conseguirem os seus programas e os seus
papéis? Eu não acredito que pessoas como a Catarina Furtado, a Sílvia Alberto,
a Tânia Ribas de Oliveira, a Sónia Araújo entre outras o tivessem que fazer.
Não vou agora entrar em detalhes,
porque explicar algo a estas duas senhoras parece-me complicado. Admito, isso
sim, que muitos de nós quando foram para Enfermagem não faziam a mínima ideia
para o que iam, talvez mesmo a maioria. Mas isso não quer dizer que quisessem
ser outra coisa.
Não sei se em Portugal temos os
programas que temos pelas pessoas que somos, ou se somos as pessoas que somos
pelos programas que vemos. Às tantas um pouco das duas.
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