terça-feira, 15 de agosto de 2017

De Ibiza à Galiza…

Terminam em breve as férias de Verão, aquelas pelas quais sempre mais anseio. Quem me conhece sabe que adoro praia, sol e mar, logo os destinos nesta época do ano têm apenas estes critérios a preencher.
Desta vez comecei por viajar até à "caliente" ilha de Ibiza, local mais falado pela sua badalada vida noturna, apesar de não ser esse o motivo que lá me levou.
Foram sete dias de plena descoberta das mais belas praias que vi até hoje. Praias longe de tudo, no fim de falésias, com a água mais cristalina que se possa imaginar. Água quente a condizer com o tempo, sempre a convidar a um mergulho.
Ibiza foi um fator de crescimento pessoal, vi o que nunca antes tinha visto, vi dois extremos da mesma ilha. Se por um lado temos a degradante vida noturna proporcionada pelos ingleses, com borracheiras descomunais a elas andarem quase nuas na rua, pelo outro temos o glamour das festas da alta sociedade, onde vi das mais belas mulheres até hoje, e um mundo que pensamos apenas existir nos sonhos. Ao ter podido ver este lado de Ibiza, fico feliz. Apesar de gostar de ter mais dinheiro (creio ser desejo de toda a gente), fico contente por ter crescido a poder dar valor a tudo o que tenho, algo que acredito ser impossível aquelas pessoas de berço de ouro (quando falo de berço de ouro, não falo de meninos ricos…mas sim de alguns níveis acima disso).
Pelo meio temos as festas das pessoas ditas “normais”, acessíveis a quem esteja disposto a gastar mais do que o habitual, devido a uma inflação absurda dos preços, quer de entrada quer das bebidas.
Ibiza tem tanto para dar de dia como de noite. Simplesmente acho que é impossível conhecer os dois ao mesmo tempo. Dei prioridade ao dia, pois o mundo noturno tem pouco a oferecer para a renovação das minhas energias, que é o que procuro nas férias.
Regressado de Ibiza rumei mais a norte, àquela que foi a minha cidade durante sete anos, Pontevedra.
Antes de lá chegar duas paragens obrigatórios, uma em Caminha e outra em Valença. Há amizades que se fortalecem com a distância, pois são pessoas que tenho a certeza que me fazem falta no meu dia-a-dia. Rever grandes amigos e amigas é um prazer obrigatório. Estão longe, então todas as oportunidades de estar com eles, nem que seja uns minutos, têm que ser concretizadas. A sensação de ter irmãos mesmo sendo filho único é indescritível. São poucas as pessoas capazes de tal façanha, daí merecerem todos os segundos que passo com eles.
Tive a possibilidade de conhecer a “C”, uma pequena e linda princesa de apenas uns meses de idade, uma sobrinha sem o ser. De olhar terno a um sorriso encantador, com os pequenos dedos a envolver com força o meu…é a felicidade dos pais e sou feliz por vê-los assim.
Regresso então a Pontevedra, complemento mais que ideal a Ibiza. Hora de recordar as minhas amizades de lá, os velhos sítios familiares e de conhecer novos locais. Tive sorte de o tempo ter sido convidativo a mais uns dias de praia, o que serviu para descobrir que a Galiza tem praias que pouco deixam a desejar às praias que falei anteriormente. Podem ter a certeza, não fosse pela instabilidade do tempo, o meu local de férias seria sempre este. Praias de extenso areal limpo, água transparente, mas fria. Foi tempo também de matar as saudades das verdadeiras tapas, aquelas que é uma maravilha deliciarmo-nos com elas num fim de tarde na companhia duma boa cerveja.

Chego ao fim destas férias completamente revigorado dum ano que foi exigente, com forças e vontade para enfrentar o que um novo ciclo me irá trazer. Quero fechar velhos livros e descobrir novas histórias, concretizar velhos sonhos e construir novos. Certeza tenho que não quero ficar parado, nem no tempo nem na vida.


Sem comentários:

Enviar um comentário