Hoje é dia de greve dos
enfermeiros, dia a seguir a um apelo ridículo (para ser simpático) das
entidades que gerem o SNS. Tais como ridículas são as tomadas de posição de
alguns órgãos sociais, parecendo meras marionetas dum governo canalha (ou sistema
político, porque os que para lá querem ir até se podem pôr do nosso lado…usando-nos
como números e eu já estou farto de ser usado como estatística quando
interessa).
Defendo que quem escreve algo deve
estar minimamente por dentro do que escreve. Mesmo estando, pode escrever algo
menos correcto. Não estando, de certeza que sai asneira. E mais grave, é quando
se escreve/fala num órgão social.
Um editorial destes http://www.publico.pt/sociedade/noticia/uma-decisao-incompreensivel-1676195
deve ser uma vergonha para o órgão que o publica. Não entendo muito disto de
artigos, mas um editorial imagino que seja escrito por alguém com peso no órgão.
E este é um editorial encomendado, falso, calunioso, de alguém com a
inteligência e corruptibilidade ao nível dos senhores políticos.
Este surto, tão bem manipulado pelo
ministro, está localizado e com um risco de transmissibilidade reduzido (seria
mais grave um surto de gripe).
A ocupação dos serviços, se
aumentou devido a este surto, não aumentou de ontem para hoje. Já leva dias.
Assim como acontecem outros surtos que passam despercebidos porque não há
greves marcadas nessa altura. E, ou a memória me falha ou não me lembro de
nenhum ministro, director de DGS ou órgão de comunicação social qualquer vir a
público defender o reforço de recursos humanos dos serviços hospitalares nessas
alturas…ou mesmo agora. Se já temos serviços no limiar dos cuidados mínimos no
seu dia-a-dia, se há um surto destes, lógico que não deve haver capacidade de
resposta para eles. Qual a lógica a seguir? Reforçar os serviços, contratando
mais pessoal. Foi o que aconteceu? Deixo a resposta para a imaginação do
cidadão comum…e para posterior reflexão.
Só se lembraram agora dos cuidados
mínimos? Por falar nisso, eles significam que nenhum cidadão vai ficar sem
tratamento que se avalie como emergente/urgente/essencial. E devido à
subjectividade na definição de tais cuidados (dependem muito da avaliação
pessoal de cada enfermeiro) arrisco-me a dizer que quase todos os cuidados são
prestados…duvido é da sua qualidade. Ou seja, não vai morrer ninguém devido a
falta de cuidados, pelo menos não vão morrer mais pessoas do que as que morrem
nos outros dias devido à falta de capacidade de resposta.
A pergunta que as pessoas devem
fazer a si mesmas, sem ler baboseiras encomendadas não sei por quem, é se
estarão seguras quando recorrem ao SNS?
Apenas digo e acredito piamente,
que da parte dos enfermeiros tudo é feito nesse sentido…mas continuamos a ter
apenas duas mãos e não somos máquinas, embora às vezes possamos parecer e se
exija isso de nós.
Para finalizar, vergonha devia ter o senhor que escreveu este editorial, contribuindo para a publicidade a uma mentira, apenas pelo simples necessidade de sensacionalismo. Muito devem estar eles necessitados de leitores neste jornal, mas creio que apenas ficam com os que não têm dois neurónios a funcionar. A crise chega a todos, mas enquanto uns têm que manter a qualidade do seu trabalho, pois vidas dependem dele, outros podem dar-se ao luxo de serem fracos, fraquinhos, fraquíssimos…que ninguém morre por isso.
Para finalizar, vergonha devia ter o senhor que escreveu este editorial, contribuindo para a publicidade a uma mentira, apenas pelo simples necessidade de sensacionalismo. Muito devem estar eles necessitados de leitores neste jornal, mas creio que apenas ficam com os que não têm dois neurónios a funcionar. A crise chega a todos, mas enquanto uns têm que manter a qualidade do seu trabalho, pois vidas dependem dele, outros podem dar-se ao luxo de serem fracos, fraquinhos, fraquíssimos…que ninguém morre por isso.
A este ignorante, apenas lhe digo,
sem nenhuma reserva, que se houvesse realmente uma situação de calamidade
nacional, seriam os enfermeiros os primeiros, estando de turno ou não, a acudir
no auxílio das pessoas. Porque temos brio, temos ética e sentimos o que fazemos…tudo
o oposto a este senhor.
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