Chego a casa cansado, exausto para
ser mais preciso. Sento-me no sofá na indecisão de me deitar de imediato ou
não. Talvez não, já me conheço há tempo suficiente para saber que quanto mais o
corpo pede descanso, pior durmo. Estranha incongruência esta.
E não é só o corpo. A cabeça,
finalmente a poder descansar uns minutos, faz a revisão mental do que fiz
durante a noite e sei que também não me vai deixar descansar.
Foi daqueles turnos em que se entra
em piloto automático, num modo de fazer as coisas “sem pensar”. Como acontece,
às vezes, quando conduzimos e chegamos ao destino sem darmos conta do caminho
percorrido.
Depois, há situações em que
fazemos tudo certinho e a coisa não corre bem, o que me leva a perguntar “Mas
que fazemos nós aqui?” Simples, acho. Abrimos sempre uma janela de esperança
para que o que correu mal, pudesse ter corrido melhor. Não aconteceu desta vez.
Mas já aconteceu e vai voltar a acontecer. Como vai voltar a correr mal.
Por isso os turnos que acabam, após
reflexão, têm que ir para o baú do passado, para poder prosseguir o trabalho no
presente.
Apesar de ainda ser jovem no que
faço, aprendi a controlar aquele desespero (não sei se será a palavra adequada)
que situações inesperadas provocam. Respiro fundo, organizo e ordeno as
prioridades e toca a dar o melhor de mim. O trabalho tem que ser feito. Sim ou
sim.
Esta é a vida que eu escolhi, o
caminho que aceitei…nem sempre fácil, mas nunca difícil.
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