Passados dez meses de um processo de aprendizagem
intensivo, duro e de sacrifícios, estou longe de me sentir Especialista. Nunca
considerei que cursos ou cartões dessem direito às designações neles contidos.
Acima de tudo, é o dia-a-dia, é a experiência, é o pôr em prática os conhecimentos
que nos pode levar ao merecimento de tal designação.
Por isso não me considero especialista, sinto-me,
isso sim e ainda antes de iniciar este percurso, enfermeiro de reabilitação.
Foi o sentir que o que fazia para ajudar os meus doentes não era suficiente,
que podia fazer mais e melhor, que me fez entrar neste desafio.
Sempre o disse e acredito piamente nisso, só
evoluímos, seja pessoalmente ou profissionalmente, se sairmos da nossa zona de
conforto. O que vem fácil, vai fácil ou não tem valor.
E o que destaco destes meses todos, são as pessoas
que conheci, desde os meus colegas, aos professores e orientadores.
A primeira palavra, como não podia deixar de ser, é
para vocês meus caros colegas. Companheiros de sacrifícios, de estudo, de
trabalhos, de angústias…mas também de risos e sorrisos, de solidariedade, de
alegria. Apesar de ter sido voluntário involuntariamente, ser o vosso delegado
de turma foi um privilégio. Porque é que digo isto? Tentei conhecer todos, ser
um elo de ligação e de apoio para o que precisassem. Independentemente de haver
relações mais fortes que outras, de todos levo algo, cresci com cada um de
vocês. Parabéns e obrigado.
Sigo para os Professores, destacando a Professora Esperança, o Professor
Fernando e a Professora Manuela, que nos orientaram de
mais perto, mas nunca esquecendo todos os que nos deram o seu contributo.
Pessoas de com grande saber acumulado, mas acessíveis e disponíveis para nos
ajudarem.
As próximas palavras vão para todos os meus
orientadores de estágio, responsáveis máximos pela minha evolução, que pelo
exemplo foram e são modelos que pretendo seguir no meu percurso profissional.
Enf. Nuno e Enf.ª Fernanda (Gaia); Enf. Jorge
(Braga); Enf.ª Graça e Enf.ª Ana (Cabeceiras); Enf. Vasco e Enf. Aníbal (Póvoa
de Varzim)…estes sim, considero Enfermeiros Especialistas em Reabilitação.
Foram fonte de aprendizagem, de reflexão, de conselhos, deram-me motivação para
exercer ainda com mais vontade a nossa nobre profissão, encorajando-me a
assumir sem receio os desafios que a minha vida profissional me puser à frente.
A minha enorme gratidão para todos.
Não esqueço ainda todos os colegas que, apesar de não
estarem diretamente na minha orientação, colaboraram nela e fizeram-me sentir
membro integrante das equipas por onde passei.
Estas foram as pessoas que acompanharam de perto todo
o meu percurso formativo, mas houve outras que não podem ficar sem uma
referência.
Os primeiros, teriam que ser sempre eles, os meus
pais. Por me apoiarem desde o primeiro momento, pela preocupação e interesse
constante, pela compreensão nos momentos de maior impaciência resultantes das
diminutas horas de sono, por tudo.
Palavra maior também para todos os meus colegas do
trabalho, pela sobrecarga que a minha maior ausência do serviço provocou. O que
me levou a dar tudo foi também o não querer que o vosso esforço fosse em vão.
Se cheguei a bom porto, a vocês o devo. Isso nunca esquecerei.
Aos meus amigos, a esses, além do obrigado pelo apoio
incondicional, as minhas desculpas. Pelas ausências ou pelas presenças com a
cabeça noutro lugar.
Sónia Marinho e Márcio Carvalho, este meu percurso
coincidiu com a nossa época mais difícil. Ter o apoio dos dois foi fundamental
para poder desligar-me o possível do Karate quando assim me foi exigido.
Sabendo que tudo correria dentro da normalidade. Sempre AKFAFE.
Gratidão é palavra a que dou muita importância. Devido a ela estou em dívida com todos vocês.
Pode-se pensar que isto é o fim…mas não o sinto
assim. Para mim é apenas o começo de uma nova fase. Mudei, mudei a minha
maneira de ser, estar e ver a enfermagem. Mais importante que ser especialista,
é ser especial, será sempre esse o meu repto em tudo o que faça.
E não tenho dúvidas, as pessoas deste grupo têm tudo
para serem especiais…sejam felizes no que fazem e não se esqueçam, mais
importante que dar anos à vida…é dar vida aos anos.
Um sentido abraço a todos,
Jorge Gomes
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