O início...algures no ano de 2002! |
Longe andava eu de imaginar que,
com a minha entrada para a universidade, iria ser um dos protagonistas da nova
e diferente versão de uma das histórias da minha infância. O Rato do Campo e o
Rato da Cidade.
Num novo meio, numa nova cidade, a
pessoa a quem mais me liguei foi aquela que à primeira vista menos teria a ver
comigo. Originários de mundos e meios diferentes. Maneiras de ver as coisas
diferentes, muitas vezes completamente opostas. Tal como os ratos da história
tradicional. Primos afastados, que de primos pouco teriam. Um do “campo”, outro
da “cidade”.
Versão Bucha e Estica! |
E por aqui ficam as semelhanças com
a história conhecida. Com o passar do tempo fomos escrevendo as linhas dum novo
conto, provando que o respeito pelas diferenças dos outros é a base para uma
sólida e sincera amizade. De um lado o Filipe (aquela pessoa que menos
precisará de anonimato neste espaço) e do outro lado o Jorge. Amigos
inseparáveis, quer nas alegrias, quer nas agruras proporcionadas pelo nosso percurso
académico.
E por coincidência tornamo-nos
ratos. Algo mais a unir-nos, algo em comum. Algo que sempre pautou a nossa
amizade, boa disposição e risadas até doer a barriga. Horas e horas a fio de
conversas e de ensaios. Algo que eu nunca acreditei que funcionasse (pela minha
parte, nunca pela dele). Algo que ficou escrito e gravado, para um dia mais
tarde recordar.
Acabado o percurso académico,
muitas amizades seguiram outros caminhos. Pelas próprias circunstâncias da
vida, pela distância, por desinteresse. A nossa, apesar de seguirmos caminhos
diferentes, embora com um milhar de quilómetros a separar-nos, manteve-se
firme, coesa. Contudo, mudou…cresceu, amadureceu, aproveitando-se cada momento
ao máximo. Deu-se mais valor a uma amizade que se mantém intacta, como se nos tivéssemos
visto sempre no dia anterior.
Dum lado o Filipe... |
...do outro lado o Jorge! |
E posso garantir que esta nossa
história é uma história inacabada, que se vai manter assim até que a morte nos
separe (calminha, nada de confusões, somos muito machos!). Não tenho dúvidas. As
ideias podem ser diferentes, os pensamentos também, mas o essencial é a
partilha de princípios. E apesar de sermos diferentes, nesse aspeto somos muito
iguais.
Aproxima-se um dia muito especial
para ti, meu Amigo. Sei da importância dele para ti e imagino a questão que
fizesses e fazes em que eu estivesse e esteja presente. Não te preocupes, igual
questão fazia e faço eu em estar contigo neste dia. E vou estar. Para te dar um
forte e sentido abraço, ver se o nó fica bem apertado e se a noiva não muda de
opinião…e dar-te um cachaço quando menos esperes!
Ohhhh..... Que bonito! O Filipe já deve estar com a lagriminha... Muito bonita esta apresentação Jorge, carregada de sentimento... Para sempre essa amizade meninos: que sejais muito felizes sempre! Ass:Marta
ResponderEliminarO Filipe com lágrima no olho? Não, ele é muito macho para isso :)
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