Há despedidas que custam, outras
doem…outras ficam gravadas eternamente nas nossas memórias. Os próximos dois
dias recordam-me duas despedidas, daquelas que nunca deveriam de acontecer, mas
que fazem parte da vida.
Daqui a umas horas, faz 12 anos,
dizia adeus à minha avó, acordado dum sono intranquilo, prenúncio do que já se
avizinhava. Tardei em acordar das palavras que o meu pai me tinha dito. E neste
momento, homem já feito, saudoso, recordo os momentos da infância em que a
minha avó era um porto de abrigo, em que o amor e carinho dela faziam-me sentir
o neto mais afortunado do mundo…os meus primos e primas dirão o mesmo. Lamento
não tê-la abraçado mais vezes, não ter-lhe dito todas estas palavras ainda em
vida, que era o que merecia.
E amanhã, faz também 4 anos que,
acabado de chegar do turno da noite, preparando-me para descansar, recebi
aquela chamada a dizer que o meu avô tinha partido. Lembro-me como
Sou o que sou, em grande parte a
estas duas pessoas. Passem os anos que passem, mesmo que as suas imagens se desvaneçam
da minha memória, mesmo que as fotografias se desbotem, o legado que eles me
deixaram seguirá vivo dentro de mim. E eles seguirão vivos em mim e nas minhas
acções. É o mínimo que posso fazer para homenagear quem foi tanto para mim e me
deu o que o dinheiro não pode comprar.
Beijo do vosso neto…de saudade
imensa.
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