Termina agora o meu segundo ano como instrutor de
Karate, mais um ano de grande aprendizagem, de muito trabalho e enorme
satisfação.
Destaco, logo em primeiro lugar, o crescimento
relativamente ao número de alunos. Pode-se dizer que o Karate está na moda,
cabe-nos a nós, atores principais desta arte, fazer que esta afluência atual se
mantenha e que, mais importante, fazer com que quem venha fique.
Posso dizer que a turma deste ano exigiu muito de
mim, com muitos avanços e recuos, com algumas frustrações por não ver os
resultados pretendidos no tempo esperado. Foram muitos os treinos em que
verificava que o que parecia assimilado afinal não o estava ou treinos em que
finalmente se portavam todos bem e no seguinte voltava tudo à estaca zero.
Foram vários os momentos de reflexão e estudo sobre
quais as estratégias usadas e a usar. Sempre fiel aos meus princípios (e aos da
nossa escola) naquilo que considero que deve ser um formador de crianças.
Sempre exigente no princípio mais básico que deve orientar uma sociedade…o
respeito pelos outros.
Foi um ano em que os pequeninos do ano passado
continuaram a sua evolução, com um crescimento a todos os níveis notável, sendo
um exemplo para os que acabam de chegar.
Também foi um ano intenso para os nossos
competidores, com um objetivo bem definido. Deram no duro, sacrificaram-se,
tiveram dúvidas, choraram com as dores, com os contratempos, mas nunca viraram
a cara à luta. Foram grandes Karatecas. E os
resultados foram aparecendo, fruto de todo o trabalho desenvolvido. A alegria
deles foi a alegria de quem os viu crescer ao longo do ano.
Claro que todas as dificuldades foram atenuadas por
ter ao meu lado duas pessoas que contribuem diariamente para o meu crescimento
enquanto formador de crianças e karateca. Tudo se torna mais simples quando
temos pessoas que comungam connosco a mesma filosofia, os mesmos princípios e
os mesmos objetivos.
Foi mais um ano a comprovar que o objetivo primordial
do Karate não é formar campeões de medalhas ao peito. É fantástico ver pequenos
guerreiros a ultrapassarem as suas dificuldades, a tornarem mais fácil o que
antes era impossível. Neste final de época, sou alguém que acredita plenamente
que todos os miúdos têm alguma coisa a ganhar com o Karate. Certeza tenho que quando
alguém pensar em desistir, eu não desistirei dele. No dia em que desistir de um
aluno, será o dia em que irei pendurar o kimono e dar lugar a outro.
A todos umas ótimas férias…espero-vos em Setembro.
OSS!
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