terça-feira, 30 de abril de 2013

Se o arrependimento matasse!


Estou na fila da caixa de um supermercado da minha terrinha, avanço para a minha vez e efetuo o pagamento. Como sou uma pessoa observadora e que confia nos demais, não me ponho a olhar para a máquina registadora (basta observar posteriormente o ticket) e prefiro observar o que me rodeia.
Ao receber o troco constato que havia pago uma verba bem inferior à conta que eu tinha feito mentalmente (tenho o hábito de ir fazendo as contas ao que gasto à medida que encho o carro ou cesta). Com toda a inocência e boa vontade, pergunto à menina da caixa (que tinha na sua posse um cartão e não sei quantos tickets) se não se havia enganado e de quem era aquele cartão e tickets! Ao que ela me questiona incredulamente “Não são seus?”
Dito isto, escuto a senhora estava atrás de mim na fila dizer para a menina “Obviamente são meus, o senhor bem sabia que não tinha cupões de desconto!” Ou seja, a senhora, que estava atrás de mim na fila, colocou os cupões em cima da caixa, quando a menina da caixa ainda estava a registar as minhas coisas, viu a menina da caixa a usá-los e não disse nada, ficando à espera de soltar aquela afirmação venenosa.
Ora bem, respirei fundo e pensei cá para os meus botões…”Haverá maneira possível de argumentar com uma pessoa que ainda não descobriu que o neurónio que tem serve para pensar e que desconhece as normas de viver em sociedade?” Decidi-me apenas por dizer à rapariga da caixa para voltar a fazer as contas e despedi-me amavelmente.
Não sou de me arrepender do que faço, mas ontem arrependi-me. Arrependi-me de ter sido boa pessoa! Devia ter feito como muitos chicos espertos, recebia o troco e pisgava-me. Gente desta é o que merece!

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