domingo, 26 de janeiro de 2014

Já não há pachorra para as Abelhas Maias!

Tenho reparado nalguns critérios para que se possa escrever neste espaço online do Público, tipo ser um pseudo-intelectual, um pseudo-moralista ou um arrogante de primeira!
Quem estiver a ler estas linhas, caso não esteja a par, recomendo a leitura do texto que partilho dum Nuno Ferreira.
Este imbecil designa de calímero todo aquele português que abandona o país em busca de uma vida melhor (ou apenas de uma vida) e que se lamenta por esse facto. E diz ainda que está farto deles! A esta abelha maia, que me cheira ser menino do papá e com a papa sempre feita, que não teve que deixar para trás os pais, os amigalhaços do peito, o Citroen, o gato Xoné e a vidinha que sempre teve eu digo…o rol de asneiras que escreveu é um insulto a todos aqueles que se viram obrigados a abandonar o país, licenciados ou não!
Sim, eu quero voltar ao meu país, pelo menos gostaria. Claro que com condições dignas. Mas engana-se redondamente numa coisa. Eu não ando aqui em Espanha a falar mal do meu querido Portugal, nem a dizer que isto é a melhor coisa do mundo. Pelo contrário, mesmo que o meu país não me proporcione oportunidades, eu defendo com unhas e dentes o meu país, assim como acredito que o fazem os meus conterrâneos emigrados, mesmo sabendo que o país tem escória (não produtiva) como o senhor, muita dela a governá-lo!
Mostra a sua ignorância e prepotência ao falar e caracterizar gente com quem não se dá! Limite-se a falar dos seus amigos elitistas, esses sortudos emigrantes por prazer, por turismo (saberão o que é necessidade?), “que decidiram emigrar, porque acharam, e bem, que o país era pequeno para eles”. Será de mim ou afinal quem desdenha e rebaixa o país são esses seus amigos? E você, minha cara abelha maia! Engana-se também noutra coisa, os calimeros designados por você, são a maioria. Todos eles gostariam de estar no seu país, no conforto dos seus. Coisa que a abelha não parece dar valor. Mas nós damos!
Sinceramente gostava de saber o que um energúmeno como o senhor faz como profissão. Será que apenas produz “mel” desta fraca, fraquíssima qualidade? Temos o país no estado que está, devido à elite preconizada por vossa excelência. Meninos que sempre tiveram tudo, que não sabem o que é trabalhar (a sério) para pagar as contas, meninos que não estiveram à espera de uma oportunidade do país, por conhecimentos e cunhas já nasceram com uma à sua espera, sem terem que provar a sua competência (que nós provamos diariamente).
Não precisa de nos ensinar a lei do mercado de trabalho, da procura e da oferta. Nós sabemos. Isso é uma verdade de La Palisse, usada por gente com pouca imaginação.
Agora, você defende o êxodo de milhões de euros gastos pelos contribuintes portugueses para o estrangeiro sem qualquer contrapartida. Esfregam as mãos os países que nos recebem com a chegada de profissionais altamente qualificados e talentosos a custo zero! Admiro a sua inteligência! É que os que governam, da laia do senhor, não percebem isso. Cursos e mais cursos abertos, cada vez com mais vagas. Interessa-lhes ter índices altos de gente “culta”. Como o senhor. Mas os que têm talento, mas de verdade, esses na sua maioria saem. Os outros, como o senhor, ficam. 
Ainda não percebi qual a sua profissão, mas deve ser dessas que já não fazem sentido! Pelo menos nem uma linha do que escreveu faz…tirando na sua cabecinha limitada!
Diz você “É uma evolução vulgar de Lineu: se caminhamos, e bem, para a educação superior de quase todos, alguns vão ter de fazer o que tem de ser feito e não o que gostariam de fazer.” Seria muito bonito se a competência ditasse o lugar de cada um, mas aí meu caro, vossa estaria a limpar sarjetas com um canudo na mão! E actualize-se, não é num futuro próximo que temos talento nas caixas de supermercados. Já temos! Enquanto a mediocridade tem espaço para escrever em sítios como o senhor tem.
Termino com uma música adaptada do seu desenho animado preferido, talvez lhe recorde algo e deste modo já consigo perceber o porquê de não gostar de calimeros, minha querida Abelha Maia!  

“O Calimero foi ao… à Abelha Maia...” (em vez de gelatina com morango, prove com vaselina)

O pseudo-artigo:
http://p3.publico.pt/node/10526

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