segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Dez minutos...

Estava à espera de te ver, ansiava estar contigo, percorriam-me aqueles suores frios que não suam. O meu coração batia como se tivesse acabado de fazer uma maratona. Os meus dedos inquietos num tique nervoso, como se fosse um pianista. Os segundos pareciam minutos, os minutos horas.
O vento rugia de forma assustadora, fazia as árvores tremerem de medo, as folhas voavam num voo sem sentido, a água caía incessantemente.
Até que, por fim, chegaste tu, no início e no meio da chuva, no meio da escuridão, apenas uma sombra. Normalmente temos receio das sombras, eu não, apenas desejava ser envolto pela tua.
Mal entraste senti o teu doce aroma, como se estivesse no meio do mais belo e florido jardim em pleno Outono. Quando te sentaste e olhei para ti fez-se dia no meio da noite, foste o Sol que apagou a escuridão. Os teus cabelos ondulantes a espalhar um charme só ao alcance das divas, apesar de nenhuma delas ter o teu encanto. E o teu sorriso…já te falei sobre ele? Começam a faltar-me palavras para dizer o que provoca em mim.
A viagem foi curta, demasiado curta, os dez minutos mais rápidos de sempre. Eu em piloto automático, como se fosse o condutor da mais bela das princesas, tu sendo a mais bela Princesa. O resto da noite…valeu a pena por estar contigo, por te ver rir, sorrir, dançar, foi quase perfeita. Apenas será perfeita quando acabares nos meus braços, quando provares este sentimento que foi nascendo em mim.
Não adianta disfarçar, não adianta negar a mais pura das evidências…mexes comigo, da forma mais linda que se pode mexer com alguém. Desnudas-me de todas as armas que tenho, de todas as seguranças, de todas as certezas, mas ao mesmo tempo deixas-me sem nenhuma dúvida…és aquela por quem vale a pena esperar!


2 comentários:

  1. Joca tens de escrever um livro. Tens jeito com isto das letras! bjito Celia Esteves

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